O Medium (plataforma de publicação fundada em 2012 por um dos fundadores do Twitter) apresentou ontem sua versão 2.0, com redesign de logo e interface. Desde seu lançamento, o Medium acabou evoluindo de plataforma de postagem pessoal focada em textões para um esquema que hoje pode ser melhor definido como jornalismo social, com conteúdo remunerado, inclusive. E acharam por bem redesenhar a marca.
Sai o M minimalista e preto (uma Slab serifada) e entra o colorido logo dos 4 painéis. E, como sempre, tá repercutindo e dividindo designers e usuários em amei/odiei.
Pessoalmente acho a iniciativa louvável, mas duas coisas me incomodam no Medium 2.0. A primeira é um excesso de manifestos, explicações, visões, elocubrações e uma certa tentativa de apropriações de conceitos de legibilidade que são práticas adotadas por muitos outros, muitas vezes com mais sucesso. Mas tudo bem, vamos relevar porque o universo branding é lindo mas é prolixo por natureza e sobrevivência, já que a abstração precisa ser de alguma forma mais palpável mesmo, para dar segurança. Eu entendo.
E a segunda é o logo novo, que me lembrou MUITO o excelente trabalho de identidade corporativa desenvolvido pela Landor Associates em 2009 para a cidade de Melbourne: uma letra M camaleônica, que muda de cores e texturas, mantendo apenas sua forma. Uma versatilidade que, diga-se de passagem, começou com outro M muito antes (em 1984), o da MTV.
O NOVO LOGO DO MEDIUM (Rod Cavazos, from foundry PSY/OPS)
CITY OF MELBOURNE (Landor Associates em 2009)