Como assim um UX Designer não precisa ser um Designer?

UX Design não se trata de um profissional específico, mas de um guarda-chuva que abrange algumas especialidades.
O termo User Experience está crescendo cada vez mais no mercado brasileiro, ainda que muito tímido se comparado a mercados externos. Existe também uma discussão sobre UX Design ser uma disciplina, um conjunto de ferramentas, uma área, uma especialidade ou uma cultura de trabalho, entre outras suposições.

 

Minha intenção não é explicar do que se trata, uma vez que muitos profissionais bem mais habilitados já o fizeram, mas trazer luz para uma questão que parecia trivial e nos últimos meses descobri que talvez não seja tão clara assim: Precisar ser um Designer para trabalhar como UX Designer?

 

A resposta de imediato seria depende. A confusão nasce quando tradicionalmente temos a nomenclatura designer associada como o profissional que trabalha com desenhos gráficos, seja por meio de ferramentas digitais ou à mão, em mercados como propaganda, arquitetura, indústria e moda, não parando por ai. Longe de ser recente, o Design Thinking aborda muito bem essa questão, esclarecendo que se trata de métodos para abordar um problema, analisar as possibilidades e propor uma solução, explicando bem resumidamente.

 

Perfeito! Então não é preciso ter habilidades em ferramentas gráficas digitais para se aventurar na carreira de UX Designer? Na verdade, cairemos novamente em uma segunda confusão. Apesar de você notar muitos cargos, áreas e vagas em UX Design, não se trata de um profissional específico, mas de um guarda-chuva que abrange algumas especialidades. Veja esse chart para entender um pouco melhor a complexidade:

 

Fonte da imagem: Kickerstudio

 

Podemos notar que são características que reúnem uma gama de diferentes experts como designers de produto, designers gráficos, designers de interação, estrategistas, etnógrafos, gerentes de operações, engenheiros, pesquisadores e por aí vai.

 

A experiência do usuário não se limita somente a interfaces gráficas digitais, mas engloba qualquer tipo de aplicação na vida real que envolva a interação de uma pessoa com outra, com máquinas, com um espaço físico, objetos e qualquer outra finalidade que você possa imaginar, precisando compreender o processo de ponta a ponta dessas interações. Encarregar algo dessa dimensão a um profissional de design gráfico pode ser uma cobrança muito grande, independente do nível profissional.

 

Ficou curioso ou com mais dúvidas ainda? Se inteire sobre o assunto. Existem grandes brasileiros especialistas na área, inclusive o Updater Fabrício Teixeira.
1 comments
  1. Concordo plenamente que não precisa ser especificamente um Designer Gráfico, ou um Designer de Interação ou de Interface para trabalhar com UX, é muito amplo e se confunde com muitas especialidades.

    Mas minha opinião pessoal é, que saber representar idéias graficamente, por meio de esboços no papel ou digital (não sendo “pixel-perfect”) é essencial.

    Deveria ser, para qualquer designer, em qualquer especialidade, como escrever.

    Mesmo se o designer está atrás de uma solução para uma interface de voz por exemplo, saber ilustrar esta idéia grosseiramente, para todos os stakeholders, é primário.

    E requer apenas alguns minutos de prática diária para dominar e se sentir confiante.

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