Dirigido por Cacau Rhoden e produzido pela Maria Farinha Filmes, o longa “Nunca Me Sonharam” foi premiado como documentário do ano pelo Los Angeles Brazilian Film Festival, que aconteceu em Los Angeles no começo de novembro. Mas o que, afinal, esse documentário mostra, uma vez que a educação brasileira não é uma das melhores?
“O filme é um exercício de escuta. É uma semente para que a sociedade faça uma reflexão urgente sobre as perspectivas de seus jovens”, afirma o diretor, que passou um longo período viajando pelo Brasil ouvindo os adolescentes e os educadores. De acordo com Rhoden, a gente vive num país que faz uma ideia reducionista da educação, ou seja, falamos do assunto como se a educação começasse e terminasse dentro das salas de aula. O que ele mais defende, após o desenvolvimento do projeto, é que paremos de bater nessa tecla de que o objetivo final da educação é a formação profissional – e sim a formação de um ser humano, um cidadão consciente, que, consequentemente, terá algum tipo de atuação nos setores da sociedade.
Bater um papo com Cacau, que viu de perto a realidade das escolas brasileiras, é entender que, na real, a gente não sabe o que se passa lá dentro. A imagem que chega na mídia é que o jovem da escola pública não quer nada com nada – não tem planos, sonhos ou ambições. Quando, na verdade, isso é imposto a ele, por isso é essa a mensagem que fica. O título do filme, Nunca me sonharam, remete a isso: ninguém acredita que essas pessoas podem sonhar grande. Mas eles querem, sim, mudar esse cenário. “A maior prova disso foram as ocupações escolares que presenciamos no último ano”, relembra.
O que fica claro para quem assiste o filme é que o problema da educação não é tão “fechado” como imaginamos. É uma questão enraizada na nossa sociedade, que está diretamente ligada a diversas outras questões. Tudo impacta na educação – e vice-versa. “Somos um país com uma diversidade enorme e uma desigualdade fora do normal. Para resolver nossos problemas educacionais, a sociedade precisa ser ouvida. Mas é preciso dar voz a quem faz educação de verdade, todos os dias, ou seja, os estudantes e os professores. A escola é do povo”, alerta Rhoden, que deixa a mensagem de que essa mudança não acontecerá de um dia para o outro e que jamais será resolvida se tivermos pressa.
O mais interessante é que o longa, que já foi visto por mais de 260 mil espectadores, é super acessível: ele está disponível no iTunes, NET NOW, Google Play, Vivo Play e Videocamp, a plataforma de streaming de filmes que reúne apenas documentários-causa.
“O filme é uma provocação para que a gente repense. Repensar é, no momento, a palavra de ordem”, finaliza o diretor.
Eu vi isso aí. Animal ?
Rodrigo Oneda Pacheco
Eu vi isso aÃ. Animal ð
Barbara olha ai :)
Marina
Puts estou pra assistir esse já faz um tempo! Mto legal a repercusão.. Saulo De Sousa Silva vc que me indicou, dá uma olhada
Maurício Manjabosco
MaurÃcio Manjabosco
Elaine Faria
Artur Braga
Victor Augusto Silva
Puts estou pra assistir esse já faz um tempo! Mto legal a repercusão.. Saulo De Sousa Silva vc que me indicou, dá uma olhada