Documentário-reality brasileiro retrata o sistema penitenciário do país

Programa do Multishow é fruto da parceria do canal com o AfroReggae

Nesta semana, estreia no Multishow a série “Em Cadeia”, que tem como objetivo mostrar de perto como é o cotidiano no sistema penitenciário brasileiro.

 

Antes de falar propriamente do programa, alguns dados importantes a serem destacados dentro do assunto:

1. O Brasil possui uma das maiores superlotações de presídios ao redor do mundo. Hoje, eles abrigam 69,2% de sua capacidade. Todas as unidades têm mais detentos do que o previsto para o tamanho de seus estabelecimentos e os estados com maior carência de vagas são Rondônia, Amazonas e Tocantins.

2. A população prisional do país só registrou crescimento nas últimas décadas. Atualmente, o Brasil tem o quarto maior número de presos: 622.200, aproximadamente. Os primeiros lugares estão com Estados Unidos (2.217.000), China (1.657.812) e Rússia (644.237). Mas, ao contrário desses países, as taxas de encarceramento do nosso país só aumentam. Ou seja, enquanto lá fora a tendência é prender menos, aqui é prender mais – o que significa que, provavelmente, em algumas décadas, o Brasil pode se tornar o país líder em população carcerária no mundo.

3. A superlotação das celas, além de suas precariedades e insalubridade, tornam as prisões um ambiente propício para proliferação de doenças contagiosas.

4. Outros graves problemas são ainda a má alimentação dos presos, o sedentarismo, o uso de drogas, a falta de higiene e a falta de acesso a serviços médicos e odontológicos. Ou seja: é praticamente impossível a pessoa sair da prisão com as mesmas condições de saúde com as quais entrou.

Sobre o programa Em Cadeia, são 13 episódios, exibidos de segunda a sexta, às 23h30, que dão voz aos presos, agentes, diretores, secretários de segurança e demais figuras que fazem parte dessa realidade. As gravações foram feitas em Rondônia, número 1 em fugas dos presídios, e Goiás, um dos principais exemplos de superlotação.

A produção da atração é da AfroReggae Audiovisual – com José Junior, fundador do grupo, na criação e produção executiva. Já a direção fica por conta de Gideon Boulting.

O episódio de estreia abre as portas de delegacias e presídios em Goiânia e Porto Velho, mostrando métodos que criminosos usam para tentar burlar o sistema. Estatísticas da população carcerária são reveladas, enquanto histórias reais ilustram essas tendências. Nos episódios seguintes, depoimentos de presos, familiares e agentes se revezam abrangendo temas como rivalidades entre facções, vigilância, alimentação, punições, condicional e liberdade.

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