O transhumanismo é uma corrente intelectual (por vezes filosófica) que, grosso modo, promove a ideia de que as capacidades humanas podem (e devem) ser ampliadas graças a componentes tecnológicos.
Antes da ampliação destas capacidades, porém, discute-se também tecnologias que permitam suplantar deficiências (ou melhor, particularidades) e, entre outros aspectos, como tais componentes artificiais precisam ir além do funcional, já que passam a fazer parte do indivíduo e, portanto, também deveriam refletir sua identidade e imagem desejada. Havia falado um pouco sobre isso neste artigo sobre o equilíbrio do belo e do funcional no transhumanismo.
A ficção científica, pela não-necessidade de limitar-se à capacidade de execução, tende a extrapolar a função e priorizar a estética, a fluidez do item na construção da narrativa e a integração com os personagens. Eventualmente, o ‘mundo real’ se apropria desta estética e cria algo realmente bonito de ser ver.
Após desenhar próteses inspiradas em Iron Man, Star Wars e até Frozen (!),…
…a Open Bionics, empresa criada com o objetivo de desenvolver próteses a um custo acessível e com projetos open-source, reuniu-se com a produtora de games Square Enix e a desenvolvedora Eidos, de Montreal, para desenvolver próteses inspiradas no universo ficcional do game Deus Ex, uma franquia que explora um futuro onde o ‘humano ampliado’ (augmented human) impacta a sociedade e as relações de poder.
Mesmo que estas versões reais não incorporem capacidades sobre-humanas – ahhh! =( -, o resultado é, no mínimo, lindo. Dá uma olhadinha nos desenhos abaixo e veja mais sobre o projeto Augmented Future.
Otavio Santos
Felipe Barreto