Estima-se que cerca de 90% dos acidentes de automóveis são causados por falhas humanas (imperícia ou imprudência) e 40% dos acidentes fatais causados por comportamentos inadequados ao volante, como embriaguez, uso de drogas, excesso de velocidade e mesmo distrações ao celular (Algumas referências: (1) (2) (3)).
Maior segurança tem sido, assim, o principal argumento no desenvolvimento de carros autônomos e o que tem impulsionado as parcerias público-privadas (fora do Brasil, claro) nos testes e ajustes destes veículos em ruas e rodovias públicas.
Vale mencionar que a principal dificuldade no desenvolvimento de carros autônomos não está na operação do veículo em si, mas em sua capacidade de responder ao ambiente. Em um ambiente controlado – o que a Tesla quer fazer com seus túneis sob a Califórnia ou o que a Mercedes está testando com valets autônomos (o veículo “se estaciona” em áreas demarcadas após o motorista deixá-lo em pontos de valet) – as variáveis externas manipuláveis reduzem o risco de imprevistos e, assim, exigem menor capacidade analítica e responsiva dos veículos.
Há um projeto, por exemplo, que reserva para carros autônomos, no futuro, uma das faixas da rodovia Interstate-5, entre Seattle e Vancouver, homônima estadunidense da cidade canadense, ambas no estado de Washington (EUA), em um trecho de 270km (2h30 de viagem).
Há uma curiosidade adicional sobre como os futuros consumidores, porém, associam a “qualidade” dos carros autônomos às marcas que os estão desenvolvendo. Esta “qualidade” (propositadamente entre aspas) como um conjunto de fatores, por exemplo, segurança, confiança, risco, privacidade, etc, etc, etc.
Existem mais de 45 empresas (de forma isoladas ou com parcerias estratégicas) trabalhando no desenvolvimento de carros autônomos no mundo mas, independente das questões tecnológicas, como o consumidor irá reagir a estas diferentes marcas? Adicione a isso o fato de que, pela primeira vez, Detroit poderá bater de frente – com o perdão do trocadilho infame – com o Vale do Silício, ou seja, montadoras de veículos “tradicionais” enfrentando, ou fornecendo o “hardware” para, empresas de tecnologia.
Apesar de um pouco mais distante do mercado brasileiro (por questões de infraestrutura, jurídicas e comerciais), esta pesquisa da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), de São Paulo, está buscando entender como os futuros consumidores do país enxergam esta inovação e algumas das marcas que estão trabalhando em seu desenvolvimento, além de sua própria relação com a tecnologia de modo geral. E, se quiser, pode deixar seu e-mail para receber os resultados do estudo assim que finalizado, por volta de Fevereiro/2019.
Mesmo que você não seja um aficionado pelo tema – aliás, principalmente se você não for um aficionado pelo tema -, mais cedo ou mais tarde terá que decidir se prefere entrar em um carro autônomo da Volvo ou da Google, da Tesla ou da Baidu, da Samsung ou da Apple.
E você pensou que a briga entre Android e iPhone era grande…
Carro autonomo agora, não tem sentido.
à muito mais importante agora é massificar o carro eletrico
humm, mas uma coisa não elimina a outra. Na vdd há um conceito de “circulo virtuoso” dos automóveis que une a autonomia, o compartilhamento e o powertrain elétrico (como uma coisa incentiva a outra – https://www.forbes.com/sites/chunkamui/2016/02/08/the-virtuous-cycle-between-driverless-cars-electric-vehicles-and-car-sharing-services/#6577b9277143). A parte da direção autônoma visa aumentar a segurança, aumentar mobilidade para quem, hoje, não consegue utilizar transporte porta-a-porta (PCDs, Idosos, por ex), melhora do fluxo viário e, entre outras coisas, aumento da eficiência energética por consumo mais racionalizado (seja combustÃvel fóssil ou outro).
O carro autônomo é muito importante no momento
Carro autônomo é uma infantilidade
Tenho verdadeira curiosidade para entender esse ponto de vista :) poderia desenvolver pf?