Um barco funerário viking de aproximadamente 20 metros de comprimento foi encontro próximo a Oslo, capital da Noruega.
A descoberta foi feita por especialistas do Instituto Norueguês de Pesquisa do Patrimônio Cultural, que analisou a região por meio de um radar de penetração no solo.
Além do barco, a “inspeção” encontrou ainda vestígios de pelo menos oito montes funerários na área, bem próximos uns aos outros. Pelo radar, foi possível ver ainda três grandes casas coletivas sob o solo do local, além de outras de tamanhos menores. Se o barco e as casas são da mesma época, não sabemos.
O próximo passo do Instituto é voltar ao local para realizar outras varreduras mais específicas, a fim de observar a condição dos restos do barco e datar o achado com mais precisão.
Mas… barco-túmulo?
Durante a era viking, os reis e as rainhas, e algumas vezes outras pessoas de destaque social também, eram enterradas em barcos funerários ao lado de objetos de luxo, em verdadeiras cerimônias grandiosas.
A ideia era encher o barco de bens que representassem a riqueza em vida daquele que estava sendo enterrado.
A sociedade viking era bem estratificada. Dentro de cada unidade territorial, havia divisões sociais de reis, aristocracia, combatentes, povo livre (como fazendeiros, latifundiários e comerciantes) e escravos.
Essa história foi descoberta com mais precisão, também na Noruega, por volta dos anos 1904 e 1905, quando o navio Oseberg, datado de 834 D.C. foi encontrado em Oslo e escavado pelo arqueólogo norueguês Haakon Shetelig e o suesco Gabriel Gustafson.
O barco recém-encontrado próximo a Oslo é provavelmente um dos maiores já descobertos e, segundo especialistas do país, barcos funerários vikings dessa dimensão – 20 metros – são bem raros. Ainda não se sabe o quão danificada está a estrutura do barco – isso só as próximas buscas revelarão – mas, do ponto de vista arqueológico, já é uma descoberta e tanto.