Na maioria das vezes, tudo o que uma marca, cidade (e pessoas, cada vez mais) quer, é ser popular, chamando a atenção da melhor maneira possível. Mas nem sempre isso funciona. Foi exatamente pelo seu sucesso que o “I Amsterdam”, um dos letreiros e pontos turísticos mais famosos da Europa, foi desativado na última semana.
Se você já passou pela capital holandesa, é impossível não ter se deparado com ele. Bem no centro da cidade, na famosa “Praça dos Museus”, ele trazia letras de dois metros de altura e mais de 20 de largura total, formando a frase que o batizou. Há 10 anos lá, ele tornou-se foto obrigatória de quem visitava a cidade, o que gerou incômodo da bancada política tradicional por lá, bem como de boa parte dos moradores.
Femke Roosma, líder do partido ambientalista Groenlinks, foi a principal responsável pelo projeto que decretou a retirada. Segundo ela, “a mensagem do ‘I Amsterdam’ é que somos todos indivíduos na cidade. Queremos mostrar algo diferente: diversidade, tolerância e solidariedade. Esse slogan reduz a cidade a um simples pano de fundo para uma ação de marketing”.
Nas reclamações gerais, destaca-se a de que outros pontos de grande valor turístico e cultural eram deixados de lado, uma vez que a grande concentração de pessoas ficava na praça em volta das letras, e que isso trazia impactos consideráveis para a qualidade de vida dos moradores. Entre eles, de que bares e restaurantes, antes frequentados pelos locais, ficaram inacessíveis; e que o crescimento da busca por hospedagens concentradas no perímetro, especialmente com ofertas de Airbnb e outras semelhantes, encareciam absurdamente o custo de vida para os habitantes da cidade, obrigando que eles migrassem para áreas suburbanas. Mesmo assim, um abaixo-assinado reuniu mais de 11 mil assinaturas contra sua remoção e uma pesquisa com moradores indicou que 66% deles achava a retirada uma má ideia.
A partir de agora, o “I Amsterdam” passará a ser itinerante, instalado e desinstalado em diferentes pontos da cidade de acordo com demandas específicas e a vontade de seus administradores – ligados ao marketing de turismo da cidade –, sempre informadas no site do projeto. Uma réplica fiel está há tempos também no aeroporto Schiphol.
O ponto atraía mais de 6 mil selfies diariamente e já tinha sido marcada com a hashtag #Iamsterdam mais de 1,3 milhão de vezes no Instagram. Como o ser humano é incrível, no dia seguinte ao fim da remoção, um grupo desconhecido colocou um letreiro laranja com a expressão “HUH” (algo como “ahn?”) no local – que, obviamente, durou menos de um dia, mas o bastante para virar alvo de fotos divertidas.
Dores do crescimento… :)
Então quer dizer que:
-a grande concentração de pessoas em volta de um monumento turístico gera impactos consideráveis para a qualidade de vida APENAS aos moradores de Amsterdam?!
-bares e restaurantes, antes frequentados pelos locais, ficaram inacessíveis APENAS para os moradores de Amsterdam?!
-o crescimento da busca por hospedagens concentradas no perímetro das atrações turísticas encarecem absurdamente o custo de vida para os habitantes e os obriga a migrar para áreas suburbanas APENAS na cidade de Amsterdam?!
Eu JURO que achava que isso acontecia em todos os pontos turísticos de todas as cidades turísticas do planeta!
o.O
fui para ams não pelo letreiro, fui pelas putas drogas e festas. abs
1st world problems :)
Penso que a mudança pra lá e pra cá vai ter um custo, né… Como será pago? Será que vai se sustentar por muito tempo? A ver!