Não importa se é de direita ou de esquerda, conservador ou liberal, eleito ou reeleito. Ao menos nos últimos 20 anos, uma das marcas registradas do Governo Federal, independente de seu comandante, é a baixa criatividade na hora de definir seu slogan. Alguns logotipos até chamam certa atenção, como veremos abaixo, mas o padrão criativo também costuma ficar bem abaixo de qualquer bom trabalho que as agências especializadas do mercado costumam entregar para seus clientes.
Nesta semana foi apresentada a comunicação (logo e slogan) que representará os próximos quatro anos do governo de Jair Bolsonaro. Na imagem, parte da bandeira brasileira aparece como um nascer do Sol, cortada por uma faixa branca. A assinatura copia o último verso do Hino Nacional: “Pátria amada Brasil”. O trabalho é assinado corporativamente pela Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República).
Como dito antes, porém, não é exclusividade do novo governo o simplismo ou falta de esmero para a criação da assinatura de toda a comunicação governamental. Após assumir o poder, Michel Temer adotou “Ordem e Progresso”, igual à mensagem já presente em nossa bandeira, como slogan. Dilma Rousseff teve dois: “País rico é País sem pobreza” em seu primeiro mandato – este assinado pelo publicitário João Santana; e “Brasil, pátria educadora”, para o segundo mandato – o qual talvez seja o menos pior, apesar de nada demais.
Lula usou o mesmo pelos oito anos de mandato: “Brasil, um País de todos”. Implantado em 2002, o slogan substituiu “Trabalhando por todo o Brasil”, adotado por Fernando Henrique Cardoso em 1998 – e definido, por decreto, como obrigatório em todas as comunicações oficiais do Governo a partir de 2000.
Apresentação
Uma das táticas de apresentação da nova marca foi usar apenas as redes sociais, sem compra de mídia ou grandes movimentos. Nelas, os canais oficiais do Governo, bem como os do próprio Jair Bolsonaro, publicaram um filme de 30 segundos com algumas mensagens, principalmente usadas durante sua campanha, e finalizada com a nova identidade visual e assinatura. Dá para assistir aqui, abaixo, a título de curiosidade.
Claro que é talvez a menor das prioridades de um governo. Mas presidente, vamos combinar: tem que melhorar essa estética aí, tá oquêi?
Não acredito que deve haver tanta criatividade quanto representatividade. Outra coisa, Quando se gasta muito com comunicação, publicidade e outras coisas mais, o presidente é criticado por fazer isso. Quando o presidente decide não gastar tanto (porque não é sua prioridade), também é criticado. Aparentemente, pode-se observar que estão insatisfeitos por ele ser ele, somente.
Ninguém precisa ser publicitário pra saber responder se gosta ou não de uma peça publicitária, assim como um não-músico sabe identificar facilmente quando uma música é boa ou ruim.
Claro que existe a técnica, as regras, o modus operandi, mas o que pode ser considerado perfeito dentro desses quesitos, pode não agradar o consumidor e vice-versa. E aí?!
É tudo uma questão de gosto pessoal, logo, não existe o ‘gosto certo’ e o ‘gosto errado’. Ou vc se identifica ou não e isso não pode ser um problema, certo?
Dito isso, acrescento que eu ADOREI o novo logo e slogan do Governo Federal!
Tem significado, tem bom gosto, é oportuno, sem pieguice, sem firula e intenciona despertar um forte sentimento afetivo pela nossa nação, o que por si só já é um golaço.
Se, para a galera do métier, a obra é “simplista e faltou criatividade”, então há um abismo separando os profissionais de publicidade e o público-alvo, pque se qualquer trabalho de comunicação existe pra fazer uma mensagem ser bem compreendida e, se possível, chegar ao coração das pessoas, nesse caso o objetivo foi alcançado e isso é o que deveria importar.
Rapaz…
Pois admirei a simplicidade da nova marca e pra mim é a melhor das mencionadas. Admirei principalmente a ideia de um novo nascer do sol(bandeira). E DISCORDO imensamente de você sobre criatividade. Talvez o problema realmente seja querer viver de aparência, enquanto problemas reais estão à porta (Neste exato momento falo aqui do caos Ceará ). Quanto à “cópia” mencionada acho verdadeiramente patriota e necessário nos tempos de hoje, digo, ressaltar um trecho tão importante do Hino Nacional, vez que pessoas parecem se apetecer por ele apenas em período de jogos da seleção que nada há de Brasil. Mas claro, essa é só minha opinião. Sinceramente.
“costuma ficar bem abaixo de qualquer bom trabalho que agências especializadas do mercado costumam entregar para seus clientes.” – não dá pra concordar amigo… é tudo desse nível mermo