Talvez, durante o seu período de quarentena, você já tenha visto uma animação assustadora (e realista) que retrata a vida do homem capitalista atual, onde há grande devastação ambiental e o uso dos recursos naturais sem uma preocupação sustentável. Me refiro ao curta ‘Man’, do ilustrador e animador inglês Steve Cutts. Embora já tenha trabalhado em grandes empresas como Coca Cola, Sony e Toyota, Cutts ficou bastante conhecido com suas animações cheias de críticas e efeitos distópicos.
Carregada de mensagens, suas obras trazem sempre um alerta para a sociedade sobre a necessidade de pensar em novos hábitos, mais saudáveis e sustentáveis.
Lançado em 2012, a animação Man traz duras críticas ao mercado da moda, ao modus operandi do homem capitalista e ao formato de consumo desenfreado dos humanos.
Se você não viu, assista antes de conhecer a segunda versão:
Em tempos de quarentena, em virtude da Covid-19, nos deparamos com vários noticiários sobre os novos comportamentos dos animais em vários locais do mundo, onde, com a ausência de humanos perambulando por aí, o meio ambiente e os seres que o habitam estão tendo a oportunidade de viver suas rotinas – animais selvagens estão sendo avistados até nos centros das cidades.
Man 2020 – É hora de repensar nossos hábitos
Com destaque para a pilha de papel higiênico acumulada ao seu redor, o #Quarentener segue sua rotina em casa enquanto os animais aproveitam o momento sem seu principal predador: o homem. Mas até quando?
A humanidade está proporcionando, mesmo que involuntariamente, um suspiro de alívio para a natureza. Enquanto o homem permanece na segurança de casa para evitar a propagação do coronavírus, a emissão de CO2 na atmosfera cai a níveis surpreendentes, o Himalaia volta a ficar visível na Índia, um cardume de sardinhas é visto em Recife… UFA! Parece que natureza pegou de volta os seus dias de glória.
O fato é que o coronavírus está mudando tudo – nossas relações, a forma como trabalhamos, consumimos e observamos o outro. Essa pandemia vem nos mostrando que podemos repensar muitas das nossas ações enquanto seres sociais, e o desejo de todos, principalmente da natureza, é que os humanos possam levar esses aprendizados para o pós-quarentena.
Eu, sinceramente, espero que tudo isso passe logo, e que nós possamos guardar os ensinamentos positivos dessa crise para melhorar mais como sociedade e também nossas relações com a natureza.
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.
Achei muito interessante esse texto!
ps: steve cutts é sensacional. “wake up call” é demais tb
esse metano se desprende e é liberado na atmosfera, atuando como gás de efeito estufa. o delay para o metano chega a 10 anos, a meia vida dele é menor que a do co2, porém, ele é várias vezes mais potente que o co2 como gás de efeito estufa. esse é um ciclo de retroalimentação positiva. aquecimento-degelo-aquecimento-degelo. irreversível. bom, parei. ainda há muito mais além disso. mas isso, só isso, suponho que já dê uma ideia de quão fodidos estamos.
a taxa de aumento de temperatura supera em mais de 10000 vezes a capacidade de invertebrados de adaptarem-se. a taxa de extinção é dezenas de vezes maior que a de especiação na maioria das espécies animais e vegetais conhecidas e monitoradas. além disso temos a chamada arma de clatratos do ártico. abaixo do gelo que derrete há décadas, e assim seguirá, há matéria orgânica congelada, na verdade gás metano, o resultado da decomposição… com a perda da espessura e, por fim, de todo o gelo….
só pra dizer uma coisa: o delay entre emissão e o efeito de aumento de temperatura pode levar até 30 anos. isso significa que os aumentos de temperatura experimentados até 2020 são relacionados às emissões acontecidas até 1990. ou seja, se pararmos de emitir co2 30 anos, ainda assim, temos aumento de temperatura (aquecimento) garantidos, pela ação das partículas antes emitidas.
amigo, sinto muito, estamos muito fodidos.
Oi
É isso aí, uma tragédia dessas tem que pelo menos deixar algo de positivo, é hora de reflexão mesmo.
Pois é, por outro lado, aproveitando-se dessa mesma calmaria, alguns estão atacando a floresta com força na amazônia brasileira, infelizmente.