O tema é o nosso calendário, que acaba de virar e nos posicionar no ano 2022.
Porém, segundo o cientista Cesare Emiliani, esse número não é o que retrata melhor a realidade porque a história da espécie humana começa MUITO antes e usar o número 2022 pode acabar distorcendo nossa percepção da linha do tempo.
O sistema atual, Gregoriano, usa o nascimento de Jesus como ano zero, o que logo de cara já não é representativo para uma grande porção de humanos. Mas isso não significa que a data não possa continuar sendo celebrada (assim como outras datas marcantes), apenas não seria o marco zero do calendário e passaríamos a utilizar um critério mais histórico e representativo de toda a raça humana.
Uma proposta bem prática: adicionar 10.000
Cesare Emiliani tem uma proposta de solução bem prática: propôs que a humanidade deveria mudar para o que ele chamou de Calendário Holoceno, e simplesmente adicionar 10.000 anos ao nosso atual Calendário Gregoriano. Nós nem precisaríamos mudar nosso sistema de dias e meses e as datas religiosas poderiam se manter da mesma forma como são celebradas hoje em dia.
A narração do video nos ajuda a raciocinar da seguinte maneira sobre o assunto: os humanos existem há milhões de anos como parte da natureza, mas de uma hora para outra, algo mudou. E em um curto período de tempo nós transformamos este planeta de acordo com as nossas necessidades. Até onde sabemos, somos os primeiros seres a tomar conta de um planeta inteiro.
A transição da caça para o cultivo de plantas e para todas as coisas que construímos desde então foi tão impressionantemente rápida que muitas de nossas maneiras de pensar o mundo já não fazem sentido.
Por exemplo, uma de nossas idéias mais desatualizadas é a do calendário que estabele que nós vivemos no ano de 2022. Isso distorce a visão de nossa própria história e distorce nossa percepção sobre a nossa própria espécie e o quão longe chegamos.
Um ano zero que represente-nos de verdade como espécies, e que inclua nossas culturas. Um ano zero, que marque exatamente o momento em que nós começamos a construir o nosso próprio mundo.