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Precisando negociar prazo? Use este post

A maioria das pessoas acha que "prazo" é o tempo que você leva pra fazer uma coisa. Mas nem sempre é assim.

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A maioria das pessoas entende “prazo” como o tempo que se leva para fazer alguma coisa.

Você chama o jardineiro e fala:

– “Seu Anselmo, quanto tempo o senhor precisa pra cortar a grama do jardim?”

– “Duas horas”.

Esse é o tempo necessário para ele empunhar aquela vareta barulhenta e percorrer a área total do jardim. É o tempo da atividade em sí.

Mas quando o trabalho é mais cognitivo, racional e/ou abstrato, o prazo passa a ser o tempo DISPONÍVEL para ficar elaborando uma coisa.

“Seu Anselmo, quanto tempo o senhor precisa pra me apresentar uma proposta de paisagismo novo aqui pro jardim?”

Desta vez ele não vai saber responder com tanta precisão porque não dá pra saber exatamente quanto tempo vai demorar para ter uma ideia diferenciada.

Vamos pensar na jardinagem de um profissional de criação.

Você recebe um briefing com uma semana de prazo para fazer um logotipo novo para um cliente. Quem passou o briefing acha que é tempo mais do que suficiente para você abrir seu bloquinho de rabiscos, seu computador e deixar tudo prontinho. E na verdade, se o raciocínio for esse, nem precisaria de tanto tempo. Dá para fazer um logotipo em 10 segundos. Provavelmente vai ficar horrível, mas dá. Mas… se você tiver DUAS semanas para ficar esculpindo e polindo sua obra, as chances de sair algo bem melhor, aumentam bastante.

Claro, as vezes acontece de ser rápido. O Paul McCartney fez Yesterday em uma manhã, disse que sonhou com a melodia. O Ray Charles fez What’d I Say em 12 minutos, pra preencher o material que faltava pra fechar o álbum.

Fez em 12 minutos. Mas é o Ray Charles

Mas na maioria das vezes, é preciso vários ruins, alguns quase bons e só aí começam a surgir os bons e – se tiver tempo, os ótimos.

Ou seja, você entendeu: certas coisas têm tempo de duração, como fazer um café.

Outras, funcionam como um investimento. Sabe aquele eufemismo de chamar preço de “investimento”? A gente deveria fazer o mesmo com os prazos. Deveríamos sempre perguntar “… e quanto tempo vamos investir nesse job?”

Quer outra prova? Abra seu portfolio. Aposto que você vai ficar com vontade de refazer ou aperfeiçoar muitas coisas. Porque para o criativo, o prazo termina quando alguém arranca a coisa da sua mão, senão você fica refazendo ad eternum.

Enfim, o post é de utilidade pública, use esses argumentos para ajudar a negociar mais prazo.

Melhor ainda: use o video abaixo que fica claro NA HORA.

Prazo é isso. Assista.

PS: e nem vamos lembrar de um outro fenomeno que também tem a ver com prazo, mas do ponto de vista de quem cria:

Falamos sobre isso em outra oportunidade 😉

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Wagner Brenner -

Fundador, CEO e Editor-Chefe do Update or Die. Ex-Diretor de Criação Senior da McCann-Erickson, apaixonado por inovação, criatividade, referências e IA.

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