Sem saber da existência dele, muito menos de que estaria ali, na noite de quinta-feira (17) aqui em Austin me vi de repente no show de Jerry Paper. Figura extremamente peculiar, um rapaz desengonçado, com cara de nerd, óculos grandes e um vestido estilo Mônica dos quadrinhos cativava uma audiência de não menos de 300 pessoas, que parecia saber bem quem estava no palco.
Essa, claro, é uma das belezas do SXSW, especialmente em seu final – mais dedicado à música. Você descobre que perdeu (ou que não podia pagar) por Bob Dylan num dia, mas é impactado por artistas incríveis, outros nem tanto, e bandas no mínimo curiosas no caminho entre uma casa de espetáculos, um bar ou uma praça a céu aberto. Este é um caso desses.
(OBS: a foto acima é dele, mas de outra apresentação, em 2019. Infelizmente não achei nenhuma do dia).
Pesquisando hoje, descobri que Jerry Paper é Lucas Nathan, californiano de 31 anos que há cerca de 10 começou a se dedicar à música e decidiu criar um personagem para ser seu alterego no palco – onde tem muita presença. Os primeiros trabalhos puxam bastante para o eletrônico, mas os mais recentes têm uma coisa que mistura indie com uma pegada quase Jamiroquai.
No palco, ele canta e performa com danças esquisitas, mas que fazem o público aplaudir com gosto. Como base, um guitarrista, um baterista, uma excelente baixista e um sintetizador. Mas, como qualquer coisa de música, a melhor coisa para entender é: ouvir! Então deixo aqui embaixo 3 links de músicas que ouvi ontem e estão entre as mais novas dele (os clipes também falam um pouco por si). Me conta o que achou!