Apostrophe(') de Frank Zappa, fazendo 48 anos hoje

Nesse mesmo dia de hoje, só que em 1974, era lançado o álbum Apostrophe(‘), de Frank Zappa. Foi um dos primeiros da minha Zappoteca, sempre gostei dessa foto e do nome “apóstrofe”.

O álbum foi o mais próximo que o Zappa chegou do mainstream, antes de desistir de vez. Entrou no Top 10 da Billboard, muito provavelmente por conta do humor e do non-sense da música “Don’t Eat The Yellow Snow” (aquela em que os Huskies fizeram xixi), inspirada em um sonho do Zappa em que ele era um inuíte (um esquimó, chamado Nanook).

Don’t Eat The Yellow Snow

Mas minha música preferida desse álbum é Uncle Remus, composta com o George Duke.

Uncle Remus

Faz parte da trilha da minha vida porque esteve comigo em vários momentos especiais. Só depois de muito tempo descobri que ela fala sobre racismo (Uncle Remus é um folclórico contador de histórias negro) e os movimentos dos direitos civis que aconteciam na época.

E também como os ricos de Beverly Hills se apropriavam do tema e “participavam” dos protestos como forma de sinalização de virtude (“we look pretty sharp in these clothes unless we get sprayed with a hose). Bem parecido com as sinalizações de virtude de hoje em dia, inclusive.

Cosmik Debris

“Cosmik Debris” também é outra maravilha, sobre um guru misterioso e charlatão, o “The Mistery Man”. Os solos de guitarra (maravilhosos) sempre fizeram parte das diferentes versões de “Cosmik Debris” reinterpretadas em diversos shows durante toda sua carreira. Na faixa acima , o solo começa em 1’59”

Músicos

Além do George Duke, a lista de músicos e cantores é, como sempre, enorme e cheia de gente talentosa. Tinha a Tina Turner fazendo backing Vocal, o violinista Jean-Luc Ponty, o estelar baterista Aynsley Dunbar. E também alguns que músicos mais “oficiais” como a percussionista Ruth Underwood, o cantor e saxofonista Napoleon Murphy Brock e o baixista Tom Fowler, todos geniais.

Olha o tamanho da lista.