Na última semana, diversos canais de mídias publicaram em seus portais (inclusive o Marca, famoso jornal esportivo da Espanha) sobre a ação feita pelo patrocinador máster do Fluminense de Feira de Santana em um jogo pelo campeonato baiano.
Será que estamos vivendo um novo momento no marketing esportivo?
Esse ano, no dia da mulher, o Cruzeiro fez uma ação expondo os problemas das mulheres em suas camisetas. Foi uma ação inovadora de uma grandeza enorme, abraçando uma causa para conscientizar um universo machista, que é o futebol.
Ideias boas com propósitos, espero que vire hábito no futebol brasileiro.
AÇÕES PONTUAIS X TORCEDORES
Ás vezes, os torcedores não gostam de ações pontuais, mas é uma ótima oportunidade de inovar em ações com seus patrocinadores e abordar assuntos importantes com propósito.
Quando bem-feita, essas ações dão um ótimo resultado principalmente em: mídia espontânea, posicionamento da marca, vendas e lançamento de um produto. Ocasionando a satisfação do seu patrocinador.
Sejamos honestos, os times precisam de seus patrocinadores, principalmente os times de menor expressão, onde suas maiores receitas são provindas. Essas ações com propósito + resultados ajudam no relacionamento dos clubes com seus patrocinadores.
Reprovado pela torcida, por mais que houve uma enquete na escolha do produto, foi uma ação feita em 2015 pelo Botafogo. No mesmo dia da mulher que o Cruzeiro fez sua efetiva ação, um patrocinador pontual divulgou uma “ Oferta maluca” de um secador em sua camiseta durante o clássico contra o Fluminense, até mudando de preço durante o intervalo.
Listo alguns dos possíveis motivos dos torcedores não terem “aprovado” a ação pontual:
–Produto anunciado– Secador – Falta de sensibilidade de escolher um produto que é usado na analogia de “secar” os adversários( mesmo que tenha sido escolhido em enquete)
– Oportunidade de patrocínio na camisa– O Botafogo usou nas costas o 3º lugar de maior visibilidade no uniforme. Que é legal. Mas o Fluminense- BA e Cruzeiro, usaram um espaço “não utilizado”, que são os números como um elemento da sua comunicação. Não usou suas costas como um” outdoor”.
Patrocínio pontual– Não acho que o patrocínio pontual seja ruim, o nome já diz que é pontual Porém usar da camiseta como um simples “outdoor”, o torcedor não gosta por não enxergar propósito no patrocínio, somente aparecer em rede nacional. O sentimento é que foi “usado e jogado fora”.
O CAMINHO É LONGO, MAS O IMPORTANTE É SEMPRE SEGUIR EM FRENTE
Seguindo a analogia no mercado de comparar “banana x banana”, acho injusto comparar uma ação de 2015 com 2017, querendo ou não as coisas mudam muito rápido, apesar de ser pouco tempo de diferença. Mas enxergo essas ações como uma evolução positiva, que estamos começando a entender os torcedores e aprendendo a nos comunicar com eles.
Quem sabe não teremos mais entrevistas inspiradoras, como a do José Roberto Lamacchia, dono da Crefisa e FAM, reconhecendo em uma entrevista para a ESPN o retorno que o Palmeiras trouxe para suas marcas.
O mesmo falou que apesar de divulgar na TV há anos a Crefisa, somente agora as pessoas gravaram seu nome. A FAM ( Faculdade das Américas), triplicou o número de alunos matriculados.
É muito gostoso ver essas ações saírem do papel e tomarem proporções grandes para as marcas, acredito que estejamos seguindo o caminho certo, em passos curtos mas sem deixar de evoluir.
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O ponto mais importante nos patrocínios acaba sendo o valor pago por elas para o clube, particularmente acredito que os dirigentes só estejam se importando com isso, e em alguns casos onde boas marcas patrocinam os clubes, alguns deles conseguem criar algumas ações inteligentes como foi a do Corinthians e do Cruzeiro.
Porém de modo geral, os times grandes não deixam a camisa deles virarem um aglomerado de patrocínios tirando o visual bonitos que elas tem, exceto no caso dos patrocínios pontuais. Falando neles e no caso citado acima do Botafogo, eu particularmente não vejo problema algum no clube expor por apenas um ou dois jogos uma coisa feia daquelas e embolsar um dinheiro extra que normalmente não é nem orçado pelo clube no planejamento e acaba sempre sendo bem vindo.
Para exemplificar e concluir vou trazer o caso do Botafogo em 2016, no qual o clube arrecadou com patrocínios pontuais R$ 890.000 reais, ou seja, na atual situação do clube onde se encontrou perto de quebrar financeiramente, esse resultado é fantástico e deveria ser mantido mesmo sacrificando a estética da camisa por algum tempo, para que no futuro o clube possa escolher de maneira mais eficiente os patrocinadores sem ter que vender os espaços da camisa para qualquer empresa e criar um planejamento mais coerente com aquilo que ela acredita e que agrade o torcedor.
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2017/03/balanco-2016-patrocinio-fixo-pontual-quanto-o-bota-lucrou-com-marketing.html
eu discordo da abordagem utilizada no texto, acredito que nos últimos anos houve uma “poluição” generalizada de anunciantes, visto que os clubes estão cada vez mais desesperados em fechar parceiros comerciais pela falta de caixa, principalmente nas camisas dos clubes (pra quem gosta de verdade de futebol, uma camisa é considerada o manto sagrado do seu time) e isso incomoda bastante os torcedores. pelo menos eu não gosto de ver a camisa do meu time como um panfleto de supermercado.