Caixa de Pássaros foi minha leitura mais recente. E que baita leitura. Se você é fã das narrativas que exigem da nossa imaginação, recomendo fortemente este livro pra você.
Na história, acompanhamos Malorie. Ela está acompanhada de duas crianças: Menino e Garota; eles não possuem um nome. O trio não pode sair de casa e abrir os olhos. É perigoso travar contato visual com o que está do lado de fora. Esse algo misterioso tomou conta do mundo e enlouqueceu boa parte da população. Quem não se matou está escondido fugindo. Malorie tem um plano: navegar 32 km em um rio em busca de um suposto refúgio no qual um grupo está salvo e possui recursos.
A cada página somos convidados a sermos co-autores da narrativa. O autor estreante Josh Malerman nos coloca como co-autores de sua história. Ficamos, a cada linha, nos indagando o que está enlouquecendo a população mundial. Um vírus? Criatura? Alienígenas? Malerman habilmente trabalha flashbacks que vão remontando o acontecimento e como Malorie tomou a decisão de navegar no rio e enfrentar o que está do lado de fora.
Bem amarrado, o livro é um prato cheio para fãs de ficção, narrativas fantásticas e terror. No entanto, vale uma ressalva: é uma narrativa aberta. Não espere que todas as pontas sejam amarradas e, acredite, isso é muito bom em Caixa de Pássaros.
Publicado no Brasil pela Editora Intrínseca.