Com a chegada dos carros autônomos, já era de se esperar que outros meios de transportes aderissem ao controle automatizado. Voos não tripulados de drones e predadores militares são uma constante na realidade atual, mas como você se sentiria viajando em um avião sem piloto? A fabricante de aviões Boeing afirmou nessa semana que planeja testá-los já em 2018.
Uma pesquisa levantada pela empresa de serviços financeiros UBS – Union de Banques Suisses e da Société de Banque Suisse sugere que passageiros desconfiam de aviões sem piloto, mesmo que as tarifas fiquem mais baixas. A pesquisa ainda revela que mais da metade das pessoas entrevistadas se recusaria a viajar em uma aeronave totalmente automatizada, precisamente 54% dos 8 mil entrevistados. O grupo com mais de 45 anos foi o mais resistente a ideia. O grupo entre 25 e 34 anos de idade, correspondente a 17% dos entrevistados, disseram que embarcariam em um avião sem piloto.
Um dos maiores pontos em debate foi a segurança. Todos sabem que estatisticamente o voo é considerado uma das formas mais seguras de viagem e o relatório da UBS sugeriu que as aeronaves sem piloto se tornariam ainda mais seguras. Um relatório atribuído por essa mesma empresa de serviços financeiros descobriu que cerca de 70% a 80% dos acidentes aéreos são resultado de falha humana. O primeiro desafio serão os voos pequenos, passando para os voos de carga e o grand finale será o voo comercial acima de 7 horas com 200 a 300 passageiros.
O especialista em segurança da (BALPA) – British Airlines Pilots Association disse estar empolgado com a ideia, mas que o piloto é essencial justamente no momento que os computadores falham. Empresas como a Airbus e Embraer estão tentando entrar neste mundo de pequenas aeronaves autônomas, assim como já está acontecendo em Dubai. Em 2013 a marinha americana conseguiu decolar e pousar um avião de combate em um porta-aviões e a tecnologia está cada vez mais aprimorada (e os hackers também). O foco na segurança e a mudança da percepção da sociedade será fundamental para sustentação dessa ideia que pode economizar cerca de 35 bilhões de dólares às companhias aéreas.