Roupas, eletrônicos e comida: os deliveries trazem de tudo — e no SXSW, eles trazem o futuro. Parece exagero, mas a verdade é que aqueles vídeos de drones realizando entregas perfeitas, na porta da casa do usuário, serão colocados à prova viva em Austin, quando os presentes terão a chance de conferir de perto o sistema no Trade Show, entre 10 e 13 de março.
Mais do que conforto, a evolução no mundo do delivery tem mesmo é a ver com dinheiro. Só no Brasil, o mercado de entregas alimentares girou, em 2017, 10 bilhões de reais, de acordo com um levantamento do SEBRAE.
A mudança dos hábitos dos consumidores, que passaram a investir mais na opção do delivery, mexe com toda a cadeia do setor — porque alguns “restaurantes” sequer têm salão ou loja física.
Mesmo os que têm endereço declarado estão prestando mais atenção à essa questão da entrega, a exemplo do que vem acontecendo em países tidos como “mais desenvolvidos”, onde o costume de contratar delivery se estende às mais variadas finalidades e atividades.
Uma vez que cliente e empresa fazem malabarismo com as taxas de entrega e o valor final da compra, é importante que as companhias passem a explorar alternativas cada vez mais ágeis e eficientes — daí a proliferação de entregas de bikes em capitais congestionadas, como São Paulo, até entregas por metrô em cidades que dispõem de malha viária satisfatória, como Nova York.
Enquanto ainda precisamos insistir nas logísticas por terra (e por baixo dela), há quem esteja trabalhando para que os ares seja uma opção. Isso, porém, toca em assuntos sensíveis, como a evolução da inteligência artificial, segurança, regulamentações de espaços aéreos.