A primeira temporada de The Umbrella Academy estreou na Netflix no último dia 15 de fevereiro com 10 episódios, e parece que fez sucesso suficiente parta se tornar uma das principais séries do serviço de streaming. O roteiro, adaptado dos quadrinhos da editora Dark Horse Comics, tem Gerard Way (ex-vocalista do My Chemical Romance) como roteirista e Gabriel Bá (brasileiro que assina obras como Day Tripper e Dois Irmãos) como desenhista.
A trama começa em 1989 com o nascimento repentino de 43 crianças ao redor do mundo de mulheres que até então não estavam grávidas. Intrigado por esse acontecimento, o bilionário excêntrico Sir Reginald Hargreeves adota 7 dessas crianças, que mais tarde desenvolvem super poderes extremamente peculiares. É aí então que Sir Reginald cria a Umbrella Academy: uma instituição onde seus filhos adotivos atuam como super heróis que salvam o mundo ocasionalmente. Como uma narrativa não linear, a série mostra acontecimentos passados (de quando a equipe ainda era jovem) junto com o acontecimentos presentes, onde cada personagem enfrenta problemas pessoais distintos, mas de alguma forma sempre relacionados a família.
O vácuo deixado pela Marvel
Com a saída das séries da Marvel como Demolidor, Luke Cage, Jessica Jones e The Punisher (todas devem voltar a aparecer daqui algum tempo no serviço de streaming da Disney que será lançado ainda esse ano, o Disney Plus), a Netflix se viu carente por séries de um dos gêneros mais lucrativos dos últimos tempo: super-heróis. The Umbrella Academy estreia nesse contexto, mostrando que outras editoras menos populares que a DC ou Marvel também possuem obras irreverentes que podem fazer sucesso com o grande público.
A Dark Horse Comics é responsável por outros personagens mais conhecidos, como Hellboy (que tem um longa com estreia programada para 11 de abril no Brasil) e Black Kaiser, interpretado por Mads Mikkelsen no filme Polar, presente no catálogo Netflix desde janeiro.
Além disso, a Netflix já havia comprado a editora Millarworld em julho do ano passado, responsável por quadrinhos famosos como Kick-Ass, Kingsman e Procurado. A gigante do streaming também anúncio a adaptação de alguns títulos da aquisição como Jupiter’s Legacy, Huck, American Jesus, Empress e Sharkey the Bounty Hunter. A empresa também se comprometeu a continuar atuando no mercado de quadrinhos, e logo após a compra da editora, divulgou o lançamento do novo título The Magic Order, ainda em 2018.
Apesar de todas essas iniciativas, ainda restava a dúvida se a ausência das séries da Marvel seria sentida daqui para frente pela empresa. Aparentemente, o sucesso de The Umbrella Academy indica que não.
Recorde
Segundo a Parrot Analytics, empresa que analisa audiência em serviços de streaming, a série teve uma audiência de 30.77 milhões de pessoas na semana de estreia (o levantamento considera somente diferentes contas da Netflix – se mais de um perfil viu na conta, contabiliza-se apenas uma visualização), conquistando, assim, a posição de série com a semana de maior audiência da plataforma. O segundo lugar no ranking é de Stranger Things, com 28.77 milhões de espectadores durante sua melhor semana.
Outro levantamento realizado pelo aplicativo Tv Time, o maior mídia tracker do mundo, aponta The Umbrella Academy como a série mais maratonada (quando quatro ou mais episódios de uma série são marcadas como assistidas) no Brasil (ficando em 1º lugar com 5.07% dos perfis) e no mundo (também em 1º lugar, com 5.16 %) entre os dias 25 de fevereiro e 3 de março de 2019.
Com esse sucesso por parte da produção original Netflix e uma deixa explicita ao final da 1ª temporada para uma continuação, o público da série fica no aguardo pela confirmação de uma 2ª temporada e mostra maturidade por parte da plataforma em manter seu catálogo atual e pertinente ao público.