Com quantos pauzinhos se faz uma revolução? No SXSW só precisamos de dois: com um par de hashi, pudemos ver em primeira mão um sushi “feito” por uma impressora 3D. A novidade, que pode inflamar alguns puristas, foi proposta pela terra natal da iguaria – foi uma empresa japonesa, a Open Meals, em parceria com a Dentsu, quem lançou a proposta.
Até onde sabemos, o plano é inaugurar um restaurante em Tóquio já no ano que vem que trabalhe com a customização individual de sushis, de forma que toda e qualquer restrição alimentícia seja facilmente contornada, e os clientes saiam, literalmente, satisfeitos.
Exibido no Trade Show, o sushi 3D foi uma das atrações mais concorridas do domingo, e uma verdadeira multidão se aglomerou na tentativa de encontrar o ângulo perfeito do sushi geométrico.
A ideia já havia sido apresentada pela Open Meals no mesmo SXSW, no ano passado, mas o processo ainda não era tão sofisticado, e deixou claro que precisava de alguns ajustes. Este ano, porém, o resultado final parece ter agradado os presentes, o que alimenta a ambição da empresa, que vocaliza sua vontade de mergulhar cada vez mais fundo nesse nicho de customização gastronômica.
Durante a apresentação, um executivo da empresa explicou o processo: ao fazer uma reserva, o restaurante envia o que eles chamam de “kit de teste de saúde”, e o usuário então encaminha esse kit de volta com amostras biológicas – saliva, urina e por aí vai. Com isso, é possível saber exatamente os nutrientes que o corpo de cada um precisa. Esses mesmos nutrientes são adicionados à comida e a impressora 3D “finaliza” o processo.
Embora o ponto de partida seja Tóquio, a Open Meals garante que a tecnologia pode ser facilmente replicada em outras localidades.