Para quem acompanhou a edição 2019 do SXSW desde o primeiro dia deve ter notado a massiva presença de mulheres que passaram pelos palcos espalhados pela weirdAustin nessa última semana.
Ainda bem.
Tivemos a guardiã das galáxias, Zoe Saldana agora lutando para promover histórias Latinas positivas em sua plataforma digital Bese em contraponto ao paradigma de um povo que é representado como vítima ou como vilão pela indústria cinematográfica hollywoodiana.
O Ballroom D, maior auditório do evento, precisou ser revistado e ter a segurança reforçada antes de lotar para receber a jovem deputada de esquerda, Alexandria Ocasio-Cortez que vem incomodando o governo Trump com seu idealismo democrata-social. Elisabeth Moss, a protagonista de Handmaid’s Tale, não deixou o desconforto apenas para as fortes cenas da série, provocou a plateia dizendo que a ficção está pautada na nossa realidade mais do que queremos aceitar.
Também ocupou os palcos, Valerie Janet, ela foi conselheira do ex presidente Barack Obama durante todo seu mandato, e acredita que a derrota de uma eleição não pode ser o fim de uma luta, por isso esta lançando o livro Finding My Voice, que além de contar sua história, estimula o não o conformismo. Gwyneth Paltrow contou como, depois de 7 anos, finalmente se livrou da síndrome de impostora e assumiu o controle da sua empresa de cosméticos naturais para imprimir sua personalidade ao negócio.
Alexandria Ocasio-Cortez
Elisabeth Moss
Além delas, Jessica Brilhart, Meg Whitman, Amy Webb, Esther Perel, Brené Brown, Amanda Palmer entre tantas outras não só nos inspiraram e enriqueceram os conteúdos das selecionadíssimas palestras de South by como representaram a evolução do movimento de empoderamento feminino por meio da atitude e da postura e não mais com o discurso que tomava, pelo menos, metade do tempo das palestrantes nas edições anteriores.
Acho que o SXSW 2019 marcou o fim do discurso (pelo menos por aqui), ficou claro que assumimos o espaço com a firmeza e a segurança de quem parece que sempre esteve lá e isso não tem volta.
Por aqui, chega de falar do assunto.
Falei um pouco mais sobre o que vi e senti, na entrevista do UoD/Facebook