De coração cinemático partido pela morte de Anna Karina, uma das grandes atrizes modernas, cuja arte inspirada foi acompanhada por sua extraordinária generosidade, na tela e pessoalmente; ela transfigurou emoções furiosas em dignidade e graça, em algumas das performances mais exaltadas do cinema secular – um ato de amor. E uma entrevista em 2001, ela disse: “Um ator quer ser adorado; tudo o que é artístico é sempre uma história de amor. É preciso estar apaixonado pelo que está fazendo, deve transmitir esse estado de adoração“.
Anna Karina atuou como musa de um dos diretores mais emblemáticos da New Wave francesa: Jean-Luc Godard. Em alguns exemplos, filmes como Le Petit Soldat, Vivre Sa Vie e Bande à parte, Karina interpretou personagens vulneráveis com uma influência emocional sobre os homens, um reflexo de como a vida e o cinema aparentemente se tornaram um.
Desde seus primeiros filmes com Jean-Luc Godard até trabalhos posteriores como The Nun, a beleza e o carisma de Karina brilharam e agora ficarão para a história do cinema, cultura e arte.