Quando você precisa explicar alguma coisa para alguém (ou para você mesmo), o que é melhor: ser absolutamente claro e preciso, ou ser mais vago?
Com certeza um matemático e um sábio monge budista devem ter opiniões diferentes sobre o assunto.
Alan Watts [wkp], esse inglês do video, falava sobre esse e outros temas da filosofia oriental em São Francisco, na década de 60, pros hipongas (fazia a festa).
Engraçado mesmo como a gente associa de cara o “vago” a algo simplista, nebuloso e de pouco valor. Mas nem sempre é assim.
Eu costumo brincar que o bom de ler livros ou assistir videos em inglês é que sobra mais espaço para a interpretação. O que pode ser muito bom. Ou não.
Ou, pro pessoal de agência: um briefing absolutamente preciso e definido é sempre o melhor? Ou engessa, vira receita de bolo e direciona demais logo de cara?
Qual é o momento em que uma informação a mais atrapalha, ao invés de ajudar?
Hmm. E você? O que acha?
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Quando estamos tentando ser perfeito, estamos massageando nosso ego. Estamos tentando traçar uma linha reta numa realidade feito de linhas tortas. Com o pensamento reto, estamos lutando contra nossa própria natureza para satisfazer o ego, que é um resultado de nossas experiências num ambiente criado pelos humanos e sobreposta sobre a natureza.
Mas, para ganhar nosso pão, precisamos definir tudo como a última verdade. Uma verdade que foi definido como verdade, não por este indivíduo, mas pela coletividade que se criou.
É uma dilema que poucos tem chance de rasgar e continuar vivendo nesta sociedade que vivemos.
Para corrigir a situação, provavelmente estamos vivendo numa sociedade tão polarizada. E cada polo vai se sub-dividindo até que teremos tantos pontos de vista, tantos significados da mesma tema, que aquela paradigma de certo e errado, será substituído por o vago.
Vago é algo indefinido. E provavelmente, a sociedade vai conseguir aceitar esta indefinição, porque não pode aniquilar uma multidão que não se representa unido num conceito, mas unido no sentido de percepção individual e cada um respeita a versão do outro.
É no ápice da destruição, que nasce o novo.
Genial aplicar e aprimorar todos os dias os conceitos que aprendo com Alan Watts!