Me toma que eu não sou remédio!

Me toma que eu não sou remédio! Me toma que eu não sou remédio!

Quando você vê alguém na multidão tomando um comprimido, o que você pensa?

Geralmente pílulas ou comprimidos são associados a uma deficiência; a necessidade de repor / complementar elementos no corpo ou combater enfermidades e disfunções que podem afetar sua saúde.

A associação de comprimidos com “algo que não está bem” me parece acarretar em desafios interessantes de comunicação para medicamentos isentos de prescrição médica. Um deles, tirar o peso atrelado ao consumo de algo visto como semi-medicamentoso, passível de efeitos colaterais e/ou cujas funções deveriam ser naturalmente reguladas pelo corpo.

Recentemente um movimento curioso surgiu no mercado de medicamentos / suplementos não vinculados a enfermidades: novas apresentações que me parecem buscar transformar o consumo das substâncias reguladoras em algo cotidiano, retirando o peso atrelado a um comprimido. É quando o “remédio” (em itálico e entre aspas) vira Gatorade.

Há quase dois anos, a Hypera Pharma introduziu no mercado uma versão em geléia de seu regulador intestinal Tamarine. Em minha tenra idade, não sabia que esta era a apresentação original do produto (agradecimentos à querida aluna que trabalha na empresa e me elucidou o fato :)), depois convertido em comprimidos e que resultou em uma peregrinação de consumidores antigos buscando a versão original, agora relançada.

Me toma que eu não sou remédio!
Tamarine versão blister

“Versão” geléia:

Mais recentemente, a mesma empresa apresentou uma versão bebida do nosso companheiro de aventuras, o famoso Engov, que não é só isotônico. Não é energético. Não é medicamento. É um novo conceito de bebida que recupera, reidrata e reenergiza, dando aquele up quando você precisa não tem uma identidade muito clara, mas dispensa apresentações.

Nosso companheirinho de aventuras

Nesta mesma linha, a Myralis Pharma anunciou um projeto junto com a Ypy sorvetes para uma versão picolezada de seu suplemento de vitamina D, DPrev.

Me toma que eu não sou remédio!
Sorvete como fonte de vitamina D

Não tenho dados de consumo destas novas apresentações (se alguém quiser/puder compartilhar, agradeço! :D), mas fica a pergunta: quanto estas novas apresentações ajudam a tirar o estigma remédio destes produtos, resultando em um maior consumo?

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