1. O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) afeta cerca de 5% da população entre 15 e 45 anos nos Estados Unidos.
2. O TAG afeta mais mulheres do que homens, na proporção 2:1.
3. Cerca de dois terços a três quartos dos pacientes com TAG são diagnosticados com outro transtorno psiquiátrico ao longo da vida. As comorbidades mais comuns são fobia social, fobias específicas e depressão maior.
4. O TAG pode se apresentar como dor crônica. Isso quer dizer que pacientes que se apresentam com dores inexplicadas recorrentemente podem se beneficiar de tratamento para ansiedade. Pela minha curta experiência clínica, dores crônicas e estados emocionais negativos têm uma relação bem estreita.
5. Existe a teoria de que os mesmos genes que predispõem à ansiedade predipõem à depressão e que fatores ambientais explicariam boa parte da razão pela qual um indivíduo desenvolveria uma síndrome e não a outra.
6. Também existe muita semelhança entre fatores genéticos que predispõem ao TAG e aqueles que predipõem ao neuroticismo. Aliás, o neuroticismo é um traço de personalidade do Big Five que basicamente quantifica sua tendência a experimentar sentimentos negativos. Pessoas mais “neuróticas” são mais desconfiadas, instáveis, irritadas, tristes, medrosas, ansiosas e invejosas. Elas também tendem a supervalorizar o lado ruim das coisas e subvalorizar seu lado positivo.
7. Assim como na depressão unipolar, pode ser que um desequilíbrio inflamatório tenha parte na etiologia do TAG.
8. Pacientes com TAG costumam perceber estímulos neutros como se fossem ameaças e direcionam mais atenção e energia a estímulos percebidos como ameaçadores.
9. Indivíduos com TAG reportam mais experiências traumáticas na infância do que controles.
10. Pacientes com TAG costumam responder positivamente à pergunta: “você se preocupa excessivamente com problemas pequenos?”.
11. O TAG é considerado uma condição crônica. Os índices de recuperação são relativamente baixos e os índices de recorrência são altos.
12. Existe correlação entre TAG e doença coronariana. Ou seja, existe relação entre ansiedade e risco de infarto.
13. A preocupação excessiva sem motivo específico (ou por vários motivos específicos sem nenhuma característica específica entre eles) é o grande sintoma do transtorno de ansiedade generalizada (TAG), mas outros sintomas incluem irritabilidade, dificuldade de concentração, dor de cabeça, sudorese, dor muscular e até dor de estômago.
14. O tratamento inicial recomendado para TAG é farmacoterapia com antidepressivos serotoninérgicos ou terapia cognitivo-comportamental, ou ambos.