Sacha Baron Cohen, Carey Mulligan, Olivia Colman, Daniel Kaluuya e Sir Anthony Hopkins estão entre as estrelas britânicas indicadas ao Oscar deste ano.
É também o Oscar mais inclusivo de todos os tempos, com nove dos 20 indicados a atuação de origens étnicas minoritárias.
E duas mulheres foram nomeadas para melhor diretora – a primeira vez que mais de uma mulher foi selecionada para esse prêmio nos 93 anos de história da premiação.
Chloe Zhao é indicada para dirigir Nomadland, e Emerald Fennell, da Grã-Bretanha, é reconhecida por Jovem Promissora.
Outras estrelas indicadas incluem Frances McDormand, Glenn Close, Viola Davis e o falecido Chadwick Boseman.
Mank, o drama em preto e branco estrelado por Oldman como o escritor de Cidadão Kane Herman Mankiewicz, lidera o campo geral com 10 indicações.
Os vencedores deste ano serão anunciados em 25 de abril em uma cerimônia atrasada que ocorrerá tanto no Dolby Theatre, a casa normal da cerimônia, quanto no principal centro ferroviário de Los Angeles, Union Station.
Os principais indicados:
- “Meu pai”
- ‘”Judas e o messias negro”
- “Mank”
- “Minari”
- “Nomadland”
- “Bela vingança”
- “O som do silêncio”
- “Os 7 de Chicago”
Os britânicos estão chegando
Os oito indicados a atuação britânica variam de Ahmed, que recebe sua primeira indicação ao Oscar por interpretar um baterista que perde a audição em Sound of Metal, a Sir Anthony, cuja performance como um homem que perde o controle da realidade em The Father lhe vale sua sexta indicação.
Aos 83 anos, ele é a pessoa mais velha a ser indicada para melhor ator. Sir Anthony e Ahmed estão juntos na lista de cinco finalistas do prêmio por Oldman, que ganhou o troféu há três anos por interpretar Winston Churchill em Darkest Hour.
Colman esperará repetir seu sucesso de 2019 com The Favorite depois de ser indicada este ano por seu papel em The Father.
Carey Mulligan é indicada para Promising Young Woman, apesar de ter sido excluída pelo Baftas deste ano. O thriller de vingança também rende a Fennell – mais conhecida por sua atuação em Call the Midwife e The Crown – indicações para melhor filme e melhor roteiro original, bem como melhor diretor.
Kirby, que também fez seu nome em The Crown, é indicada por interpretar uma mãe traumatizada em Pieces of a Woman, enquanto Kaluuya e Baron Cohen estão concorrendo a melhor ator coadjuvante para Judas e o Messias Negro e The Trial of the Chicago 7, respectivamente.
Outros indicados britânicos incluem a cantora Celeste de melhor música, por sua contribuição para The Trial of the Chicago 7; e A Shaun The Sheep Movie: Farmageddon, de Aardman, que está pronto para melhor filme de animação.
Indicações com mais diversidade no Oscar
Seis atores e atrizes negras são indicados, igualando o recorde estabelecido em 2017. Este ano, Kaluuya, Boseman e Davis se juntam às estrelas dos EUA Andra Day, LaKeith Stanfield e Leslie Odom Jr – que também está pronto para a melhor música original.
Davis é pré-selecionada por interpretar uma cantora de blues dos anos 1920 em Ma Rainey’s Black Bottom – a quarta indicação de sua carreira, tornando-a a atriz negra mais indicada de todos os tempos.
Ahmed é o primeiro ator de ascendência paquistanesa a receber uma indicação ao Oscar e o primeiro muçulmano a concorrer a melhor ator; e Yuh-Jung Youn é a primeira atriz sul-coreana a receber um aceno de Oscar. Ela será acompanhada na cerimônia por Steven Yeun, seu co-estrela coreano-americano em Minari, que é indicado para melhor ator.
Minari também está à altura do prémio principal do Oscar, melhor filme, que é dado aos produtores de um filme. Seus rivais para esse prêmio incluem Judas and the Black Messiah, que é o primeiro indicado a melhor filme a ter uma formação totalmente negra de produtores.
Oscar Póstumo para Boseman?
Viola Davis, que estrela em Black Bottom de Ma Rainey, diz que Chadwick Boseman era um ‘artista’
Boseman é indicado ao lado de Davis para Ma Rainey’s Black Bottom – seu último papel antes de morrer de câncer aos 43 anos no ano passado.
O tão amado astro, que também é conhecido por seu papel em Pantera Negra, é o favorito a receber o prêmio de melhor ator.
Se o fizer, ele será apenas o segundo vencedor póstumo de melhor ator depois de Peter Finch para a Network em 1976.
Diretoras fazendo história
Apenas cinco mulheres haviam sido nomeadas para melhor diretora antes, e apenas uma ganhou – Kathryn Bigelow por The Hurt Locker em 2010.
Este ano, dois dos cinco candidatos são do sexo feminino, com Zhao, nascida na China, norte-americana, a favorita para sua história de uma mulher, interpretada por Frances McDormand, que vive uma vida nômade em uma van.
Zhao está pronto para um total de quatro prêmios este ano – melhor filme, melhor roteiro adaptado e melhor edição, bem como melhor diretor. Se ela ganhar todos eles, será igual a um recorde estabelecido por Walt Disney, que é a única pessoa a ganhar quatro Oscars na mesma noite.
Fennell é a primeira mulher britânica a ser a melhor diretora. Alguns previram uma terceira indicada a melhor diretora este ano, com Regina King com a dica de One Night in Miami. Ela ganhou um Oscar por sua atuação por If Beale Street Could Talk em 2019, mas não receberá um prêmio de direção para acompô-lo este ano.
Ao todo, um recorde de 76 indicações foi para mulheres este ano, de acordo com a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que organiza a premiação.
Oitava indicação para Glenn Close
A “garota de 73 anos” tem sua oitava indicação ao Oscar por interpretar uma avó de boca suja e nariz protético em Hillbilly Elegy, de Ron Howard.
Suas indicações anteriores vieram para filmes como The World According to Garp, Fatal Attraction e Dangerous Liaisons. Ela nunca ganhou. Então este poderia finalmente ser o ano dela?
Provavelmente não – os favoritos para melhor atriz coadjuvante são Yuh-Jung Youn e Maria Bakalova, a recém-chegada búlgara que é recompensada por interpretar a filha de Borat na sequência de comédia do Barão-Cohen.
Além disso, Hillbilly Elegy foi criticado por muitos críticos, e Close agora tem a honra duvidosa de ser apenas a terceira pessoa a concorrer a um Oscar e um Framboesa (para os piores filmes do ano) pelo mesmo desempenho.
Por que Mank não deve ganhar o melhor filme
Mank, sobre o making of de Citizen Kane, pode ter o maior número de indicações ao Oscar com 10, mas é altamente improvável que ganhe o melhor filme.
Fundamentalmente, não conseguiu uma indicação ao roteiro. Nos últimos 55 anos, os únicos filmes que foram nomeados o melhor filme sem um são The Sound of Music e Titanic – um musical e um filme que dependia de espetáculo em vez de roteiro.
Também perdeu a melhor edição, categoria na qual, desde 1981, todos os vencedores de melhor filme foram indicados – exceto Birdman, que deu a aparência de não ter sido editado.
A omissão de Mank nessas categorias sugere que é um filme que a Academia admira, em vez de amar.
Parece estar destinado ao mesmo destino do filme de que se trata, que foi indicado para melhor filme no Oscar de 1941, mas perdeu para How Green Was My Valley.
Pessoalmente, meu favorito é Nomadland, que já foi vencedor do Globo de Ouro e do Critics’ Choice Awards. No entanto, tem uma coisa indo contra isso – a Academia quase nunca recompensa filmes de frente feminina. No ano passado, 68% dos eleitores do Oscar eram homens e dos últimos 15 vencedores de melhor filme, apenas um (The Shape of Water) conseguiu uma indicação de melhor atriz.
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