Cachorros não conseguem disfarçar quando gostaram de alguma coisa: o rabo balança e entrega. Já no caso dos humanos a coisa não é tão simples. Mas parece que a inteligência artificial já está dando um jeito nisso.
A notícia é que uma equipe da Universidade de Helsinque e da Universidade de Copenhagen criaram um sistema de inteligência artificial capaz de gerar fotos de pessoas (que não existem) com uma alta probabilidade de te agradar. E como isso é possível?
Baseado na sua atividade cerebral.
No estudo, 30 pessoas foram colocadas no eletroencefalograma e assistiram uma sequência de fotos de vários tipos de pessoas. O EEG expõe o rabo de cachorro do analisado, porque diferentes aréas do cérebro se iluminam de acordo com o “gostei/não gostei”. Até aí, sem grandes novidades. Acontece que, baseado nessas informações, a IA é capaz de prever e criar rostos falsos.
De um modo simplista, é mais ou menos o que acontece com serviços que tem recomendacões pessoais, tipo Spotify, Amazon, etc. “Se você gostou disso, vai gostar disso também”. Só que, nesse caso o sistema cria um produto digital. Como se o Spotify criasse uma música nova, baseado no seu histórico.
Fiquei aqui imaginando onde isso poderia ser usado e tenho certeza que você também já está pensando nisso: publicidade. Um anúncio feito só pra você, com um(a) modelo feito(a) especialmente pra te agradar. Junta isso com a tecnologia dos Deep Fakes e esse(a) modelo ganha vida. Coloca uns anos nisso e fica humanamente impossível detectar se é um ser real ou virtual.
Aliás, vou trocar o “publicidade” por “propaganda”. Imagina esse ser virtual à serviço da influência customizada.
Bom, isso tudo é da minha cabeça e não faz parte do estudo. Dei uma extrapolada, e provavelmente ainda estamos numa fase muito inicial. Mas já prendi nesses anos todos de UoD que as coisas geralmente chegam mais rápido do que a gente imagina. E faz pensar, vai dizer que não?
Para saber mais, acesse esse link.