O que é a NBA? Uma liga apenas? Uma empresa? Plataforma de entretenimento? Todas as opções anteriores cabem na definição naquela que é conhecida, primordialmente, como a maior liga de basquete do mundo. Fundada em 1946, a NBA está nos games, na moda, nas plataformas de vídeos curtos e em uma série de outras iniciativas e formatos. O segredo? A aplicação do conceito de fan centric na prática. Quem explica isso é Rodrigo Vicentini, head da NBA Brasil, que foi entrevistado pelo Insightalk, podcast de inovação e tendências do Institute for Tomorrow. Nesse papo, que tive a honra de dividir com Camilo Barros, Camila Tabacchi e João Baptista, Vicentini comenta cases, explica as dinâmicas de dados e negócios da liga e o olhar de reinvenção de parcerias. Separei aqui quatro blocos, mas vale ouvir a entrevista completa.
Qual o negócio da NBA?
Somos uma liga de basquete, mas nosso grande negócio é o que está por trás da quadra. Eu diria que somos uma empresa de entretenimento, um player de conteúdo e uma grande contadora de histórias. Toda noite, a cada disputa, nosso desafio é produzir imagens incríveis e contar histórias inspiradoras. O que temos em quadra é incrível e trabalhamos para isso. Quando pensamos na nossa missão, é algo simples: aumentar a base de fãs. E para isso, qualquer inovação deve ser focada no fã. Melhor para o fã, melhor para o espetáculo e um engajamento maior. Diria que somos uma empresa com o fã no centro.
Dados, insights e business intelligence
Temos dois momentos quando o assunto é sobre dados. Primeiro, dentro de casa, nossas 30 franquias geram informações, dos tickets, das arenas. Com isso, conseguem continuar a conversa com os fãs. A partir daí, mapeamos e entendemos os gostos dos nossos fãs além do esporte. Multiplique então essas informações por 30 e pela quantidade de pessoas que passaram pelos eventos da NBA no Brasil e fora. Temos também a NBA House Digital, que é outra fonte importante de dados. No segundo momento, temos os dados de fora de casa, muitas pesquisas de fãs, tendências e consumo. A partir desses dois movimentos, temos uma máquina que gera insights e inteligência. E um ponto importante, ela é global, mas também local, para que não venhamos a cometer erros de copy e paste e possamos ter experiências que façam sentido ao contexto dos fãs.
Ressignificando a lógica de patrocínios e parcerias
Há um ano e meio, recebemos uma provocação do time de Budweiser, da Ambev, e isso é muito recorrente, eles são parceiros que nos tiram da zona de conforto. A partir daí, começamos a pensar como ampliar a conexão com os fãs criando engajamento ainda maior. Esse foi o desafio recebido. Começamos a desenhar a solução e, a partir daí a Budweiser resolver se tornar uma media partner. Tradicionalmente, quem compra são os broadcasts, parceiros tradicionais. E isso é muito disruptivo, a NBA nunca fez isso no mundo inteiro, o primeiro mercado que faz é aqui.E o que temos visto neste case é que conseguimos distribuir ainda mais conteúdo para os fãs, ainda que com a cara Budweiser, mas aqui entra o valor da marca.
Novas narrativas, collabs e formatos
Ainda falando sobre inovação, temos outro case recente, que também envolve a Budweiser, que é a parceria com o Gaules. Sendo o segundo maior streamer do mundo, ele produz muito conteúdo para sua tribo e agora passa a ter os jogos da NBA dentro de seu canal na Twitch. E tem sido encantador ver a forma como ele está narrando os jogos para sua comunidade. E pensando na jornada do funil, temos produtos para vários tipos de fãs. Tem público para o Gaules, para o Rômulo Mendonça na ESPN e em outros canais. Mas o Gaules tem feito um canal muito interessante, onde ele mastiga as regras e evangeliza o que é a NBA. Ele abre o coração, mostra as regras e não sabe quando não entende. Vemos parte dessa comunidade mais engajada e os gamers começando a olhar para a NBA,
Ouça a entrevista completa: