A vida imita a arte ou a arte imita a vida? Em uma pandemia que já dura mais de um ano e ainda com praticamente todas as casas de shows, exposições e eventos fechadas, o mundo artístico se encontra em uma emergência nunca antes vista. O coronavírus não só matou, mas também impactou fortemente centenas de vidas artísticas, pela dependência de público para expor seus trabalhos.
Segundo a pesquisa “Percepção dos Impactos da Covid-19 nos setores culturais”, publicada pela Unesco neste ano, foi detectado que, entre março e abril de 2020, 41% dos profissionais desses segmentos afirmaram ter perdido toda a receita. Entre maio e junho, esse total subiu para 48%. Ainda de acordo com o relatório, as artes cênicas foram as mais prejudicadas, com 63% dos profissionais relatando perda total de receita.
Já o levantamento “Músicos e Pandemia”, realizado pela União Brasileira de Compositores (UBC) com a ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), ouviu quase 900 artistas e apontou que 30% dos músicos perderam completamente a renda, enquanto 56% não recebem por lives realizadas, e 86% dos profissionais registraram algum tipo de perda.
Sensível a este momento uma edtech, a escola Beetools de ensino de idiomas, lançou a campanha “Educação e Cultura Juntas – Beetools pelos artistas brasileiros”, que até junho de 2022, vai apoiar artistas brasileiros de categorias diversas – atores e atrizes, músicos, artistas plásticos, dançarinos, entre outros. A ideia é simples: o profissional de qualquer setor cultural poderá indicar pessoas para os cursos da Beetools e, caso seja feita a matrícula, o artista receberá 25% da receita líquida do plano contratado. A depender do contexto econômico e sanitário, o projeto pode ser renovado por mais tempo.
Para ser contemplado, o artista de qualquer atividade cultural precisa fazer sua inscrição no site. Uma vez inscrito, ele recebe um kit de comunicação com posts para redes sociais e um cupom a ser utilizado por quem se matricular em cursos da start-up via indicação do artista.