Em “Flow: The Psychology of Optimal Experience“, Mihaly Csikszentmihalyi apresenta este gráfico mágico, que vai resumir e marcar como o “FLOW” funciona e como você faz para ficar sempre nesse estado de super-produtividade e fluidez criativa. E, claro, envolto nessa sensação que é uma das mais prazerosas.
Resumindo, o gráfico trata disso:
Cada atividade que você faz se encaixa em algum lugar deste gráfico, dependendo do quão desafiadora ela é (para você) e como você se vira com as suas habilidades.
O lugar mais gostosinho para se estar, tipo uma banheira quente da mente, é claro que é nesse “FLOW CHANNEL”, ou “o canal onde a gente simplesmente flue, naturalmente”.
Enquanto você se mantiver nesse canal de fluidez, o desafio do que você está fazendo é aproximadamente igual às habilidades que você tem para fazer aquilo. Especialmente quando você está motivado para fazer algo, é aqui que você experimentará o fluxo e será mais feliz.
Um exemplo: imagine que você resolveu aprender a jogar tênis
No livro, o Csikszentmihalyi usa como analogia o aprendizado do tênis:
Imagine que você está jogando tênis pela primeira vez na vida.
Você está simplesmente tentando passar a bolinha para o outro lado da quadra, por cima da rede.
Neste momento, você provavelmente está experimentando o FLOW, porque o desafio do que você está fazendo está mais ou menos de acordo com o seu nível de habilidade e, portanto, você está se divertindo.
Desse momento em diante, duas coisas podem acontecer: ou você vai para a posição “P3” do gráfico ou para a “P2”.
No “P3”, você melhorou suas habilidades. Passar a bolinha por cima da rede ficou fácil. O desafio ficou MENOR do que seu nível de habilidade. Vai bater um tediozinho, que vai tirando você do FLOW.
Agora imagine que você ficou confiante e resolveu convidar outra pessoa para jogar com você. Agora você foi parar lá no “P2”. O desafio ficou MAIOR do que seu nível de habilidade. O nível de stress vai aumentar e vai te tirar do FLOW.
Como eu volto para o FLOW?
Dependendo de onde você está, há duas maneiras de voltar pro FLOW:
Se você estiver entediado lá no “P3”, precisará aumentar um pouco o desafio, por exemplo encontrando um oponente cujo nível de habilidade seja mais ou menos igual ao seu.
Se você estiver ansioso lá no “P2”, precisará treinar para melhorar suas habilidades no tênis para conseguir voltar ao FLOW.
Ou seja, o que nos leva ao FLOW é esse ajuste constante entre o DESAFIO e nossa HABILIDADE.
Conceitualmente é algo bem fácil de entender e enxergar. Mas, na prática, pode ser um processo complexo e elaborado. Usando ainda o exemplo do tênis, entre os TOP 100 os desafios e as habilidades não ficam muito distantes e o que acaba influenciando são novos elementos, mais mentais e estratégicos e que exigem muito gerenciamento (soft skills podem ser ainda mais desafiadores que os hard skills). Mas uma coisa é certa: que se mantêm mais no FLOW é que ganha os torneios.
Pense nas suas atividades diárias e avalie como você se sai em cada uma delas, usando esse raciocínio do FLOW, e como você gerencia essa gangorra entre o tamanho da encrenca e o tamanho da sua habilidade para enfrentá-la. E não esqueça de buscar sempre desafios maiores e praticar cada vez mais para dar conta do recado e progredir cada vez mais.
Update or Die! 😉