Como será o seu rosto no futuro? Com essa ideia, meninas adolescentes que jogam futebol e sonham em um dia estar na seleção brasileira são projetadas oito anos para frente com prováveis aparências com a ajuda de Inteligência Artificial (IA). Elas fazem parte de um projeto que promove o futebol feminino entre jovens que ainda não se destacam na modalidade, mas que sonham em um dia defender o Brasil em Copas.
O projeto se chama ‘Quebrando Barreiras’. Ele apoia o desenvolvimento e a renovação do futebol feminino brasileiro, como havia sido pedido pela jogadora Marta antes de anunciar que não disputaria mais Mundiais. É patrocinado pela Rexona. As adolescentes, que terão suas faces ‘envelhecidas’ pela IA, farão parte de um álbum de figurinhas inédito, como se elas tivessem viajado no tempo para fazer parte da nova equipe brasileira. Onze meninas foram escolhidas por suas habilidades em campo.
O álbum do futuro terá figurinhas de meninas que hoje têm entre 7 e 16 anos. Elas se verão mais velhas, com a intenção de se enxergarem e acreditarem no sonho de se tornarem craques do amanhã. A ação começa nesta semana e é uma continuação do projeto que levou três jovens para a Copa do Mundo na Austrália e Nova Zelândia.
“Usamos a IA para que essas meninas pudessem se ver na seleção brasileira. Queríamos gerar essa conversa, de incentivo ao esporte na sociedade”, diz Poliana Sousa, líder de cuidados pessoais da Unilever. Para capturar a imagem das meninas e projetar suas aparências no futuro, a marca organizou uma partida entre elas com uma sessão de fotos ao final. O jogo foi apenas um pretexto para a realização do álbum do futuro, que seria entregue a elas como uma surpresa.
Das 11 meninas selecionadas, nove são de comunidades de São Paulo e duas são de Pernambuco. Isabela Coutinho, de 8 anos, é a mais jovem. Maria Clara, conhecida como Clarinha, é a mais velha, com 16 anos. Todas têm em comum o sonho de defender a seleção. Como o álbum retrata as atletas oito anos no futuro, todas teriam idade para jogar na Copa Feminina de 2031, que pode ser realizada no Brasil.
O projeto nas comunidades começou em 2021. Em parceria com ONGs e jovens das periferias em todo o país, ele promove a prática esportiva e a inserção social. Além disso, realiza ações em outras partes do mundo, como Argentina, Austrália, Colômbia, Estados Unidos, Inglaterra, México e Nova Zelândia.
No Brasil, o projeto conta com a participação da zagueira Tamires, capitã do Corinthians e convocada por Pia na Copa. A jogadora participou da entrega do álbum para as meninas, com uma mensagem especial para elas. “Esperamos que essa ação possa inspirar e transformar jovens em todo o Brasil que sonham em defender a seleção e conquistar o Mundial”, diz Poliana. “Essas garotas são o futuro do futebol feminino”.
Para divulgar e celebrar o lançamento do álbum do futuro, a Rexona promoverá um evento popular nos dias 19 e 20, em São Paulo – ainda sem local definido. É uma oportunidade única para as meninas se imaginarem como verdadeiras representantes do Brasil em campo. As imagens dos participantes serão transformadas em figurinhas, que serão entregues em formato físico para cada uma delas no dia do evento. Para a empresa, é uma forma de divulgar o projeto e o esporte no país. “O álbum conta muitas histórias, incluindo todas as ações que realizamos com o futebol feminino e sobre essas meninas”, informa Poliana. O evento contará também com a participação de influenciadores em sua divulgação.
A CBF está avaliando se a técnica Pia Sundhage permanecerá ou não para o próximo ciclo do Mundial e para comandar a equipe nos Jogos Olímpicos de Paris no próximo ano. A eliminação precoce do Brasil obriga o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, a avaliar o trabalho da sueca ao longo de quatro anos. Enquanto isso, o Brasil acompanha as quartas de final do Mundial. Nesta quinta-feira, Espanha e Holanda se enfrentam pelas quartas, às 22h.