Carro conceito leva discussão sobre racismo e brutalidade policial para o Salão de Detroit

Carro conceito leva discussão sobre racismo e brutalidade policial para o Salão de Detroit Carro conceito leva discussão sobre racismo e brutalidade policial para o Salão de Detroit

A Goodby Silverstein & Partners e a Critical Mass trabalharam com a The Mill para criar um protótipo que traz para os holofotes uma discussão importante: motoristas negros têm 20% mais probabilidade do que outros motoristas de serem parados e revistados pela polícia, e três vezes mais probabilidade de serem mortos por policiais durante estas abordagens, de acordo com a Courageous Conversation Global Foundation  (CCGF).

Este duplo padrão foi trazido de forma memorável em um carro-conceito, que chegou ontem ao Salão do Automóvel de Detroit como uma experiência de AR, e que traz features inusitados e que beiram o absurdo para tentar proteger os motoristas negros durante as batidas de trânsito.

O chamado “DWB” (“Driving While Black”)  é um protótipo digital, não um carro físico totalmente construído, e inclui recursos como portas transparentes para afastar suspeitas da polícia e a direção “10 e 2”, volante que mantém as mãos do motorista sempre visíveis. Vem sem porta luvas e sem porta-malas para que os policiais não tenham nada para revistar ou apreender. E vários outros detalhes que buscam mesmo incomodar e gerar discussão. O design do carro foi inspirado em parte no Oldsmobile Eighty Eight LS branco 1997, no qual Philando Castile foi assassinado durante uma blitz de trânsito em 2016 em Falcon Heights, Minnesota.

O projeto busca ampliar a conscientização sobre a desigualdade racial, estimular discussões públicas, encorajar reformas necessárias ao mesmo tempo em que usa tecnologia e o ambiente do salão do automóvel para atingir um público mais amplo. 

Vale lembrar que a GS&P trabalha em projetos com o CCGF há anos. Um de seus projetos, “Not a Gun”, lançado em fevereiro de 2020, três meses antes da morte de George Floyd, também lançou luz sobre a questão da brutalidade policial.

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