O melhor das Olimpíadas 2024 – Parte 1 (de 2)

As Olimpíadas 2024 chegaram ao fim, mas aqui no Update or Die, ainda não!

Eu me dispus a entrar neste vasto tema, mas tendo assistido a um total de ZERO competições desses jogos olímpicos, tive que recorrer a uma consultoria junto à família e, claro, fazer uma grande pesquisa na internet, afinal, olimpíadas é um assunto fascinante, que desperta o interesse da maioria e sempre vale o nosso tempo.

Como é sabido de todos, pela ampla repercussão na mídia, a edição deste ano teve vários episódios que deram o que falar! Sejam fatos positivos ou negativos – alguns dos quais, inevitavelmente, serão mencionados aqui – quase nada passou despercebido, mas se teve uma unanimidade, foi o fato de que algumas provas das olimpíadas de Paris tiveram locações fantásticas!

A organização soube explorar as belezas da cidade e entregar uma experiência de tirar o fôlego, não só ao público presente, mas também aos milhões de espectadores ao redor do mundo, que assistiram tudo de casa!

Outras cidades-sede já se utilizaram de cenários históricos e turísticos para abrigar instalações de competição, mas os cenários de algumas disputas na capital francesa, admita, são até covardia!

Quem poderia imaginar uma arena para Vôlei de Praia, Judô e Luta, aos pés da torre Eiffel?
Ou duelos de Esgrima e Taekwondo dentro do Grand Palais?
Ou ainda, ver uma estrutura temporária destinada ao Hipismo e Pentatlo Moderno no meio dos jardins do Palácio de Versailles?

Sem dúvida, um espetáculo à parte!

Proposta Decente

Claro que torcemos pelos 274 atletas brasileiros, morremos de orgulho pelas medalhas conquistadas, mas você também não acha que as Olimpíadas deveriam ampliar o leque e outras categorias? 

Diante de tanta coisa legal que aconteceu é natural vir aquele sentimento de que outras coisas mereceriam ser condecoradas, você não acha?
Pensando nisso, eu elaborei uma lista sugestiva de novas modalidades, que poderiam muito bem receber medalhas, então, abram alas, que chegou a nossa vez de premiar!

1. Melhor momento da abertura Olímpica

O fato de, pela primeira vez na História, a abertura não ter acontecido num estádio fechado, mas sim nas ruas – ao longo de um percurso de 6 km, passando por locais públicos famosos (como a Ponte Alexander III, Conciergie, Catedral de Notre-Dame, Museu do Louvre, Île de la Cité, Jardin de Tuileries, Trocadéro), sendo acessível a um número maior de pessoas, até por ter sido um espetáculo gratuito – foi uma grande ideia, assim também como cada delegação nacional chegando em barcos, apresentando um desfile diferente dos 10.500 atletas, protagonistas do evento.
Tudo isso foi inédito e fantástico, mas para o Melhor Momento da Abertura, eu daria a medalha de ouro a outro ineditismo: a pira olímpica voadora, carregada por um balão. Coisa linda!

2. Espírito Olímpico 

Pierre de Coubertin, conhecido na História como o fundador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, atribuiu 8 valores ao movimento olímpico, que são:
igualdade, equidade, justiça, respeito pelas pessoas, racionalidade, compreensão, autonomia e excelência.
Mas quando se trata do  tal “espírito olímpico”, esse conjunto de valores parece ir além, pois ele remete à manifestação de uma postura nobre de grandeza humana, seja pela determinação na superação física, seja pela demonstração de altruísmo e generosidade diante dos adversários.
Em Jogos Olímpicos sempre acontecem cenas emocionantes e inspiradoras que ressaltam essas virtudes, mas se pudesse dar medalhas para os episódios mais marcantes dessa olimpíada, meu pódio seria esse:

Só quem confia no seu taco e é bem resolvido consigo mesmo é capaz de reconhecer o valor do outro dessa forma, portanto, esse gesto diz muito mais sobre quem homenageia, do que sobre a homenageada.

3. Uniforme Olímpico

Antes mesmo dos jogos começarem, toda a internet já sabia que a justa medalha de ouro nesse quesito era da Mongólia!

4. Surpresa Olímpica

Nessa categoria, se pudesse, eu daria a medalha de ouro às medalhas olímpicas, que foram confeccionadas com pedaços da torre Eiffel.
Os organizadores anunciaram que o material, na forma hexagonal ao centro das medalhas, pesando 18 gramas cada, foi coletado e armazenado em local secreto ao longo de décadas, nas várias reformas pelas quais a Dama de Ferro passou.

Se tudo isso é verdade, nunca saberemos, mas que foi uma grande ideia romântica, ninguém pode negar!

Ao todo, 5.084 atletas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos serão proprietários de peças de ouro, prata e bronze, contendo esse souvenir extra do maior símbolo da França.

5. À paisana Olímpica 

Que o Esporte influencia o mundo da Moda, todo mundo sabe e o contrário também é verdadeiro. Basta ver o tanto de atletas estilosos que dão show fora das quadras.
Nessa categoria, dentre tantos atletas fashionistas, eu daria a medalha de ouro à Rayssa Leal, que depois de collabs de sucesso com a Nike e a H. Stern, aos 16 anos de idade, ela é a única brasileira a fazer parte de um seleto grupo de embaixadores globais da marca de luxo francesa, Louis Vuitton.

6.  Assistente Olímpico

E a medalha de ouro vai para Beacon, o cão terapeuta da delegação americana.

7. Pacificador Olímpico 

Durante o jogo da final do Volei de Praia feminino (no qual, inclusive, o Brasil terminou com a medalha de ouro), as jogadoras brasileiras e canadenses se estranharam e rolou um grande bate-boca.
Num reflexo e proatividade admiráveis, o DJ jogou a música “Imagine”, do John Lennon, nas caixas de som da arena, os torcedores começaram a cantar junto, as jogadoras começaram a rir e a trêta logo chegou ao fim!
Todos voltaram para casa felizes para sempre!
Medalha de ouro pra esse DJ! good vibes

8. Nonsense Olímpico 

Tom Daley tricotando na arquibancada é uma das cenas mais aleatórias que alguém pode ver!
Ele é um atleta britânico do Salto Ornamental, com 5 medalhas olímpicas: 3 de bronze (Londres, Rio e Tóquio), 1 de ouro (em Tóquio) e 1 de prata (agora em Paris).
Ele debutou nesse papel de “tricoteiro” na Olimpíada passada, em Tóquio e certamente voltou a Paris com 3 anos a mais de experiência nas linhas e agulhas. Realmente, ele não pode guardar mais esse talento só pra si.

9. Comédia Olímpica 

Anthony Ammirati, atleta francês de 21 anos, desclassificado no salto com vara, obviamente terminou sua prova triste e frustrado, mas para o resto do mundo, especialmente do brasileiro (imbatível no quesito zuêra), foi um prato cheio para evocar a 5ª série que habita em seu ser e fazer os comentários mais hilários sobre o episódio!

10. Meme Olímpico  

Yusuf Dikec, 51 anos, ex-militar, dançarino e que adora gatos, marcou as olimpiadas como “o turco tranquilão” do tiro esportivo.
Com um inacreditável semblante sereno, a mão no bolso e de cara lavada, enfrentou adversários com altos equipamentos futuristas, parecendo que tinham saído de filmes de ficção.

Sem se intimidar, o turco se impôs, ganhou a medalha de prata e inspirou muitos memes ao redor do mundo.

11. Fofura Olímpica

E o atleta sortudo que deu carona a um pinguim na sua prancha de surf?
Medalha de ouro pra dupla!

12. Foto Olímpica 

O Esporte sempre rende cliques incríveis e alguns dos melhores estão aqui, num post recente do Wagner Brenner.
Mas em se tratando de “A FOTO” dessa edição olímpica, não precisa nem ser brasileiro pra saber que quem leva o ouro nessa é o fotógrafo francês Jérôme Brouillet, com essa gema:

13. Gigante Olímpico

Não precisa nem ser sérvio pra saber que quem leva o ouro nessa – mais do que justo e merecido – é ele: Novak Djokovic, o campeão de tudo!

14. Torcida Olímpica

Que a torcida brasileira é a mais criativa e animada do mundo, todos nós sabemos, mas nessa categoria vamos ter que nos contentar com a medalha de prata, porque não tem como competir com o maior torcedor de Tara Davis-Woodhall, a atleta americana que abiscoitou a medalha de ouro no salto em distância dos jogos de Paris, com um pulão de 7,10m.
Seu maior torcedor é o marido, Hunter Woodhall, ambos com 25 anos de idade e casados desde 2022. 

Nascido com hemimelia fibular, uma má-formação congênita, onde um osso da parte inferior das pernas nunca se desenvolve, Hunter teve as duas pernas amputadas abaixo do joelho, aos 11 meses de idade. 
Só que esse triste fato não o impediu de se tornar um atleta também. 
Hunter Woodhall é corredor de 200 e 400 m, ganhador de uma medalha de prata nos jogos do Rio e 2 medalhas de bronze no Rio e em Tóquio.

Ele faz parte da equipe americana de atletismo e vai competir em corridas de pista a partir do dia 28 de agosto agora, quando começam as competições das Paralimpíadas de Paris. 
Sua torcida pela esposa, dias atrás, vale ouro e certamente ela o retribuirá à altura, em breve!

@emmanuelacho

Try not to get emotional 🥹🥹 American Long Jumper, Tara Davis-Woodhall and Hunter Woodhall (Paralympic athlete) have been together since high school. She just became the Olympic Champion in the long jump. He competes in the Paralympic Games in a few weeks, but made sure to be front row supporting his wife. Partners, this is how you do it. #olympics #lovestory #highschoolsweethearts

♬ Stargazing (Slowed + Reverb) – Marcelo De Carvalho

E pra vc, faltou alguma “modalidade“ nessa lista? Que fato(s) você acha que mereceria(m) destaque? Se quiser contribuir, sinta-se à vontade pra deixar sua opinião nos comentários.

E não perca a parte 2 desse tema, com a seleção do pior das Olimpíadas, AQUI.