O mundo do rock perdeu um de seus ícones. Ace Frehley, guitarrista e um dos fundadores do Kiss, morreu aos 74 anos nesta quinta-feira (16), após complicações causadas por uma hemorragia cerebral. Segundo o site TMZ, o músico havia sofrido uma queda em seu estúdio semanas atrás, o que levou à hospitalização e à decisão da família de desligar os aparelhos que o mantinham vivo.
“Estamos completamente devastados e com o coração partido”, disse a família em comunicado divulgado pela Rolling Stone. “Guardamos com carinho todas as suas melhores lembranças, suas risadas e celebramos a força e a bondade que ele dedicou aos outros. A magnitude de sua partida é incompreensível e de proporções épicas.”
Ace Frehley é o primeiro integrante original do Kiss a morrer.

O homem por trás da maquiagem
Ace Frehley — conhecido como Spaceman (ou Astronauta) — foi um dos pilares do Kiss desde sua formação, em 1973, ao lado de Gene Simmons, Paul Stanley e Peter Criss. Com o rosto coberto por tinta prateada e figurinos futuristas, ele ajudou a definir a estética teatral e o som explosivo que fizeram do grupo um dos nomes mais icônicos da história do rock.
Entre os sucessos criados com a banda estão “I Was Made for Lovin’ You”, “Detroit Rock City” e “Rock and Roll All Nite”, hinos que atravessaram gerações e transformaram o Kiss em um fenômeno global.

Entre o sucesso e os conflitos
Frehley deixou o grupo em 1982, após uma série de desentendimentos e problemas com drogas. Mas o destino o trouxe de volta em 1996, quando o Kiss anunciou uma turnê de reunião com a formação original — o retorno foi recebido com euforia pelos fãs e durou até 2002.
Fora da banda, ele lançou álbuns solo de destaque e versões marcantes de músicas como “Into the Night” e “Back in the New York Groove”, consolidando seu estilo e influência como guitarrista.
O legado do Spaceman
Com sua guitarra poderosa e presença de palco magnética, Ace Frehley ajudou a moldar o hard rock e o glam rock dos anos 1970 e 1980. Seu último show solo aconteceu há poucas semanas, nos Estados Unidos, encerrado simbolicamente com o clássico “Rock and Roll All Nite”.
Mesmo após sua partida, o som de sua guitarra e a imagem do Spaceman continuarão vivos — lembrando ao público que o rock nunca morre, apenas muda de palco.