SXSW: Jessica Brillhart – storytelling em tempos de realidade virtual

SXSW: Jessica Brillhart – storytelling em tempos de realidade virtual SXSW: Jessica Brillhart – storytelling em tempos de realidade virtual

Desde que trabalhou com os engenheiros do Google em uma nova tecnologia de realidade virtual, Jessica Billhart fez do digital seu habitat natural –  e lá estabeleceu a Vrai Pictures, uma produtora que explora a tecnologia para propor experiências cinematográficas imersivas e sensoriais.

Sempre disposta a mergulhar fundo, Jessica disse à Dazed que: “Precisamos pensar em ir além da superfície. Não necessariamente tentando fazer as coisas funcionarem com sistemas preexistentes, mas, na verdade, questionando como esse sistema pode estar errado hoje em dia. Também acredito que é fácil simplesmente seguir esse caminho que a tecnologia nos deu, mas se tivéssemos sempre agido dessa maneira, ainda estaríamos usando câmeras fotográficas enormes do período pré-guerra”.

É justamente essa vontade de questionar todos os padrões e ressignificar a forma como contamos histórias que justifica o fato de Jessica ser uma das keynote speakers do SXSW deste ano.

Quando questionada sobre sua participação no festival, ela adiantou que “nos filmes convencionais, a relação do espectador com o quadro é sempre passiva. Você tem uma resposta emocional ao que assiste, claro, mas não vai muito além”, e continua, “com o VR, nossa audiência está dentro do que criamos, e isso muda toda a dinâmica da coisa. Isso traz à tona outras noções de comportamento e percepções, colocando em xeque ainda questões culturais e sociais. Acaba se tornando menos sobre o quadro, e mais sobre mundos, porque o espectador entra na história e ressoa com o que o cerca”.

Para melhor ilustrar conceitos que ainda nos parecem um tanto abstrato, a filmmaker apresenta em primeira mão novos cases, como a plataforma Traverse, que faz da música uma imersão. “Acho que há algo muito profundo no áudio; é muito complexo. Se você ouve algo emocionante através de uma caixa de som de boa qualidade, sua experiência é boa, mas ainda assim, um pouco distante. Traverse é essencialmente uma plataforma sonora que usa realidade aumentada para permitir que o usuário ‘passeie’ pela música”, explica.

E é assim, com essa singela explanação, que Jessica mostra que sua participação ali será igualmente urgente e inesquecível.

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