Valorant: um ano depois e os aprendizados da Riot

Valorant: um ano depois e os aprendizados da Riot Valorant: um ano depois e os aprendizados da Riot

O Valorant, jogo da Riot, dona de League of Legends, lançado em 2020, completa um ano com cerca de 14 milhões de jogadores ativos mensalmente. O Projeto A, como foi batizado antes de se tornar oficial, acabou chegando em um contexto de pandemia. O que trouxe desafios em termos operacionais, mas aumentou a expectativa para os fãs de games que esperavam por novidades. Para comemorar, a Riot vem desenvolvendo várias ações como um show do BaianaSystem dentro do jogo, que ocorreu nesta quarta-feira, 9, e uma ação com a Daniela Mercury.

Valorant: um ano depois e os aprendizados da Riot
Diego Martinez, general manager da Riot no Brasil

Conversei com Diego Martinez, general manager da Riot Brasil, que falou sobre Valorant e os aprendizados em torno do projeto. “Essa relação jogo e música é muito natural, uma vez que a experiência do game deixou ser apenas um jogo e se torna, cada vez mais, entretenimento em seu sentido amplo. E demos um passo além com essa parceria inédita com a Daniela Mercury, regravando um clássico de seu repertório como trilha do trailer global de comemoração de um ano do jogo. Isso mostra a importância do Brasil para Valorant e para a Riot Games”, diz Diego.

“O Brasil é um dos 5 maiores mercados dentre todas as regiões nas quais a Riot Games opera globalmente e nossa base de jogadores está mais engajada devido à criação de conteúdos exclusivos para a comunidade local”

No meio do Projeto A tinha uma pandemia, e de repente um desafio se tornou uma oportunidade, o quão emblemático foi esse lançamento naquele período em especial? Quando anunciamos o Valorant, em outubro de 2019, não tínhamos ideia do que encontraríamos em 2020. Sempre mapeamos diferentes cenários, mas é claro que uma pandemia não tinha passado pela nossa cabeça. Tivemos de cancelar eventos presenciais, que faziam parte dos planos de lançamento do jogo, para nos adaptarmos a um “novo normal”. Apesar de todos os entraves impostos pelo COVID-19, conseguimos colocar o jogo na rua e a resposta foi muito positiva desde o Beta Aberto, ocorrido no mês anterior ao lançamento. Oferecer mais uma plataforma de conexão online, quando o mundo exigia isolamento, foi emblemático, é claro. Estamos muito felizes de ter conseguido entregar aos jogadores uma nova experiência em um ano tão difícil. Certamente não vamos esquecer desse lançamento e, por isso, estamos celebrando demais o seu primeiro aniversário junto aos jogadores.     

O que esperar da Versão de Valorant para mobile e o que o Wild Rift já tem ensinado para a Riot em relação a esse device?Valorant tem uma média de 14 milhões de jogadores ativos a cada mês. Seus jogadores já curtiram mais de meio bilhão de partidas e, na Twitch, tem mais de 6 milhões de seguidores no mundo. Isso mostra a força que o game e a marca possuem. Sobre a versão mobile, ainda não temos detalhes para compartilhar. Mas estamos comprometidos em proporcionar a melhor experiência para a nova versão ao mesmo tempo em que manteremos a qualidade da experiência no PC. E as lições que temos, não apenas com o Wild Rift, mas de todo nosso ecossistema de jogos, é que precisamos estar onde os jogadores estão, dando o melhor suporte possível e trazendo experiências únicas e engajadoras. Isso não será diferente no mobile ou em qualquer outra plataforma em que estejamos presentes.

“Tivemos de cancelar eventos presenciais, que faziam parte dos planos de lançamento do jogo, para nos adaptarmos a um “novo normal”. Apesar de todos os entraves impostos pelo COVID-19, conseguimos colocar o jogo na rua e a resposta foi muito positiva”

Como foi observar a formação das comunidades em torno de um novo jogo? Como isso ocorre e o quanto é esforço da própria Riot e o quanto é orgânico?
Participamos ativamente da criação dessa comunidade. Antes mesmo de lançar o jogo, a Riot Games começou a conversar com influenciadores e jogadores de FPS para entender quais seriam suas necessidades. Antes da estreia do jogo, criamos os canais por onde os jogadores podiam se conectar, como grupos no Facebook e canais no Discord, além de espaços dedicados em nosso fórum. Ou seja: tivemos participação na criação de espaços onde, nativamente, os jogadores de FPS já costumavam interagir. Por meio do nosso time de Comunidade, também passamos a ouvir esses jogadores e a mostrar que existia um diálogo aberto, a exemplo do que a Riot Games já faz com League of Legends e nos demais jogos. Acreditamos que esse é um dos nossos diferenciais e desde o início investimos na criação desses canais.

O que muda ter uma personagem brasileira? Qual papel ela exerce em termos de conexão com o público e como ela ajuda o jogo a se fortalecer?
É interessante apontar que o agente mais jogado pelos brasileiros é Raze, a personagem brasileira do game, nascida em Salvador, o que já mostra essa conexão que você menciona. Também reforça que estamos no caminho certo ao apostarmos na entrega da melhor experiência ao jogador, destacando a força da cultura local e buscando evoluir na nossa conexão com a comunidade. Ficamos muito animados em trabalhar junto ao time de desenvolvimento do jogo para trazer uma personagem brasileira no Valorant e temos muito orgulho de como ela representa a diversidade do nosso povo.

“Dentro do volume de jogadores mapeados pela Riot Games no Brasil, 95% são usuários mobile e investem mais de 90% do tempo dedicado a jogos nessa plataforma”

Nos últimos dois anos, só se fala em games, bem como o potencial dessa indústria, o que a Riot diria para as marcas que já entenderam a importância desse universo, mas não sabem o que e como entrar?
O diálogo com a comunidade gamer é fundamental para que as marcas façam seus investimentos de forma assertiva e não de qualquer forma. É uma comunidade altamente engajada e que gosta de ações genuínas, com propósito. O Brasil é um dos 5 maiores mercados dentre todas as regiões nas quais a Riot Games opera globalmente e nossa base de jogadores está mais engajada devido à criação de conteúdos exclusivos para a comunidade local. E esse é um caminho para o qual as marcas podem olhar: o de criar conteúdo para a comunidade gamer. Nos últimos 3 anos, registramos um crescimento médio de 10% na base de jogadores e 15% no volume total de horas jogadas. Em 2020, tivemos um aumento superior a 40% no volume de horas jogadas no Brasil, quando o mercado registrou crescimento de, aproximadamente, 25%. E dentro do volume de jogadores mapeados pela Riot Games no Brasil, 95% são usuários mobile e investem mais de 90% do tempo dedicado a jogos nessa plataforma. Todos esses números ajudam as marcas a enxergarem oportunidades diversas de atuação nessa indústria.

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