Festival do Clube de Criação toma conta do Memorial da América Latina

Grande evento com multidão em espaço moderno. Grande evento com multidão em espaço moderno.

Nos dias 12 e 13 de outubro, Laís Prado, a mente criativa por trás da curadoria, promete agitar o evento com uma programação imperdível que mistura palestras, debates e grandes nomes da economia criativa.

Com uma visão única e cheia de energia, Laís revela que, em um dia qualquer, já sonhou que Michelle Obama estava no palco do festival, sendo entrevistada por Al Pacino. Ela traz essa mesma paixão para o festival, que se tornará um verdadeiro palco para a inovação e a troca de ideias no próximo final de semana.

Dias antes do Festival do Clube de Criação rolar, ela conseguiu responder algumas perguntas pelo WhatsApp, compartilhando ainda mais da sua empolgação e expectativas para a edição deste ano.

Entrevista Laís Prado

Crédito divulgação

1 – Você já teve algum sonho ou pesadelo relacionado ao Festival? Como era esse sonho?

Resposta: “Olha, em relação a sonhos ou pesadelos com o festival, eu já tive sim. Uma vez tive um sonho que a Michelle Obama estava no palco do festival, sendo entrevistada pelo Al Pacino. Imagine só! E eu pensando: ‘Meu Deus, como eu consegui isso? Meu ídolo mor e uma mulher incrível como a Michelle no palco do Festival do Clube’. E pesadelos… O maior pesadelo da gente fazendo um evento é que algo dê errado, que alguém não apareça. Esses são os pesadelos constantes, e já são 12 anos fazendo essa programação, então são 12 anos em que sempre rola uma angústia, mas graças a Deus tem dado tudo certo.”

Evento com pessoas e escultura em um saguão moderno.
momentos da edição 2023 do Festival do Clube de Criação / Fotos: Eugênio Goulart

2 – Qual foi o feedback mais inesperado que você já recebeu de um participante ou palestrante ao longo dos anos?

Resposta: “Em relação aos feedbacks inesperados, o que acontece é que a gente, no Festival do Clube, procura sempre ficar garimpando nomes que não costumam aparecer muito. São pessoas que trabalham muito, então não têm tempo para ficar cuidando da sua vida midiática. E têm muito a dizer. Essas pessoas geralmente são incríveis, e a gente fica atrás desse tipo de perfil. E não só em relação às pessoas do mercado, mas também de fora do mercado. A gente já teve várias vezes retornos assim: ‘Meu Deus, não sei como eu aceitei. Eu não vou a lugar nenhum, não costumo dar entrevista. Nossa, não sei o que aconteceu comigo’. E eu falo: ‘Ah, isso aí é a piedade divina, né? Porque a gente fica aqui nessa batalha e a gente queria demais ter você. E você, na hora, aceitou e foi maravilhoso’. Então, é muito legal ver que pessoas que de fato não costumam ir a eventos, palestrar e tudo mais, se dispõem a vir trocar ideias conosco, oferecer um conteúdo inédito e incrível. E depois também ficam se perguntando: ‘Meu Deus, por que será que eu aceitei?’. Mas foi muito legal, foi incrível, olha que experiência! E isso é muito gostoso.”

Palestrante apresenta para público em conferência colorida
momentos da edição 2023 do Festival do Clube de Criação / Fotos: Eugênio Goulart

3 – Como você imagina que o Festival será lembrado daqui a 10 anos? Que tipo de legado você espera deixar para a indústria criativa?

Resposta: “Bom, o festival já tem 12 anos, então já se passaram os 10 primeiros anos e acho que, na cabeça das pessoas, tem uma sensação de coisa boa, de coisa gostosa, de encontro, com uma energia lá no alto. Eu tenho esses feedbacks também de pessoas que falam que viveram momentos de catarse ali, momentos muito únicos, até mesmo com a equipe com a qual essas pessoas trabalham, uma integração que nunca houve em outro lugar, muito menos no próprio lugar de trabalho, que ali aconteceu. Então, a gente tem uns depoimentos bastante gostosos de se ouvir, porque ali a gente tem uma moçada muito legal, muito incrível, que está presente no auditório assistindo às palestras, nos palcos e circulando pela área comum do evento, né? E tem os palcos dos shows, em que as pessoas se abraçam e curtem. A gente tem sorte de, em geral, estar sempre com um tempo super bonito, o céu azul, um dia ensolarado, super gostoso. Quando o festival era na Cinemateca, aquele prédio maravilhoso, agora de volta ao Memorial, porque no comecinho foi no Memorial, depois anos de Cinemateca e agora de volta ao Memorial. E o Memorial também é um prédio incrível. Então, tudo isso junto dá um resultado muito gostoso na cabeça das pessoas e fica… Então, dez anos depois, sempre tem aquele gostinho de quero mais, sempre tem aquelas memórias afetivas super prazerosas, e daqui a dez anos espero que as coisas continuem assim, né? Que essa próxima década do festival seja da mesma forma.”

momentos da edição 2023 do Festival do Clube de Criação / Fotos: Eugênio Goulart

4 – Com tantas discussões sobre inteligência artificial e sua influência nas indústrias criativas, qual foi o momento mais “humano” que você vivenciou nos bastidores do Festival?

Resposta: “Olha, momentos humanos nos bastidores, eu não sei qual destacar, mas nos palcos houve vários, e eu posso selecionar dois para falar para você. Um foi na Cinemateca, numa palestra do Emicida com o MC Cidinho e o Doca, que foi num crescendo de emoção, assim, deu muito certo, era uma mistura inédita, eles nunca tinham estado juntos num palco e as coisas foram acontecendo, o bate-papo foi incrível. Aí no fim, todo mundo ficou de pé, a gente aumentou o som lá do hit número um do MC Cidinho, que é… Foi assim, incrível, foi bem arrepiante. 

E o outro momento foi no Memorial, em 2022, que foi uma palestra que reuniu a Paola Carosella, o Padre Júlio, o pessoal da Ação da Cidadania Contra a Fome e algumas outras pessoas, uma representante da Coca-Cola, etc. Numa palestra em que a gente falava sobre um tema superdifícil, que era naquele momento a situação do Brasil em relação à fome. Eram 33 milhões de pessoas passando fome literalmente todos os dias, e a gente tinha que fazer alguma coisa e pedir a responsabilidade das marcas em relação a essa questão. Por isso que a Coca-Cola estava na mesa, inclusive, porque a Coca-Cola, no momento, era a marca que mais apoiava a Ação da Cidadania Contra a Fome. E, enfim, o bate-papo foi levando a um nível de emoção que a Paola começou a chorar, o Padre Júlio emocionou todo mundo e se emocionou, a plateia inteira chorando. E até hoje, muita, muita gente comenta comigo sobre esse encontro que houve na Cinemateca em 2022. E graças a Deus que a gente tem melhorado nesse sentido, né? Porque a situação estava muito, muito, muito difícil naquele momento.”

Pessoa usando laptop em cadeira moderna e mochila.
momentos da edição 2023 do Festival do Clube de Criação / Fotos: Eugênio Goulart

5 – O Memorial da América Latina é um espaço icônico e tem uma forte conexão com a cultura e criatividade da América Latina, o que faz todo sentido para o Festival. No ano passado, o calor fora das salas e na praça de alimentação foi um desafio para alguns participantes, especialmente nas áreas cobertas pela lona. Esse feedback foi levado em consideração na preparação para este ano? Quais medidas estão sendo implementadas para melhorar o conforto térmico e garantir uma experiência ainda mais agradável para o público?

Resposta: “Bom, em relação ao calor do ano passado, foi uma onda de calor totalmente fora da curva, né? Esse ano, a gente já está vivendo isso plenamente, é o calor eterno no inverno, no outono…, mas naquele ano ainda não era assim. Então, acho que as salas estavam muito boas em termos de temperatura, o ar-condicionado funcionou muito bem, mas a área externa… é impossível, né? A gente não tem muito o que fazer, e é uma área grande. 

Esse ano, as temperaturas serão mais amenas, máxima de 25 ou 26 graus, o que é ótimo. Mas foi isso, fiquei bem impressionada, inclusive, porque eu mesma pensei: ‘Se eu estivesse na minha casa com esse calor, eu diria sinto muito’. E fiquei muito feliz de ver que as pessoas, mesmo com o calor absurdo, não abandonaram o Festival do Clube e estavam lá.

A gente oferecia o ar-condicionado nas salas, e ali dentro do foyer estava tudo geladinho, mas na área externa realmente não tínhamos muito o que fazer. De qualquer forma, tínhamos água lá e continuaremos tendo. Vamos ter galões de água espalhados pelo Memorial, e todo mundo vai ganhar um copo térmico que vem na sacola. Acho que este ano será bem menos sofrimento. E é isso, obrigada a todos que passaram por lá ano passado e suportaram o calor.”

Grupo diversificado posando em frente a painel colorido
momentos da edição 2023 do Festival do Clube de Criação / Fotos: Eugênio Goulart

Nota da autora:

O Festival do Clube de Criação 2024 tem os seguintes patrocinadores e apoiadores:

Patrocínio Premium (ordem alfabética): Globo; Grupo Papaki; Recôncavo Company.

Patrocínio Master: Santeria.

Patrocínio (ordem alfabética): Barry Company, Boiler Filmes, Café Royal, Halley Sound, Heineken, Jamute, Landscape, Lew’Lara\TBWA, Modernista, Mr. Pink Music, MugShot, MyMama Entertainment, Nós – Inteligência e inovação social, O2, Paranoid, Piloto, Purpple, União Brasileira de Compositores, TikTok, Unblock Coffee e We.

Apoio (ordem alfabética): Artmont, Antfood, Audioink, Bici Desagência, Canal Markket, Canja Audio Culture, Carbono Sound Lab, Chucky Jason, Ellah Filmes, Estúdio Origem, Fuzzr, Grupo Dale!, Mercuria, Monkey-land, Pachamama, Pródigo Filmes, Punch Audio, Sailor Studio, Soko (Droga5 São Paulo), Sondery, Tribbo, UOL, Vox Haus.