No último dia de janeiro deste ano, o PM Douglas Vieira abriu uma transmissão ao vivo no Facebook e escreveu “Quem não tem estômago, mete o pé. O bagulho vai ficar doido agora”. Minutos depois, se matou diante de dezenas de amigos.
Este não foi o único caso de suicídio transmitido ao vivo pelo Facebook. Infelizmente, a plataforma tem sido escolhida por suicidas para se matar diante de amigos e familiares, o que é algo incrivelmente triste, intenso e cruel com todos os envolvidos.
(se você acredita que corre o risco de chegar a este ponto, procure ajuda. Não acabe com a sua vida em um impulso, nem com a dos seus amigos e familiares com uma transmissão cruel e egoísta como esta. Sempre há uma saída, procure ajuda!)
Como acontece 1 suicídio a cada 40 segundos no mundo, a rede social resolveu agir e vai usar inteligência artificial para tentar acelerar a conexão do potencial suicida com um especialista em saúde mental, no menor tempo possível.
COMO FUNCIONA NO LIVE
Durante a transmissão, basta clicar na seguinte sequência:
“denuncie vídeo ao vivo” > “suicídio ou auto-mutilação” > “Enviar”.
Na tela seguinte surgem mais recursos para ajudar a pessoa, como dicas de como orientá-la, contato com uma linha telefônica de assistência ou falar com um amigo dela.
COMO FUNCIONA NA POSTAGEM CONVENCIONAL
Esse recurso já existe há mais de 10 anos, só que estava disponível apenas na postagem convencional que, aliás, funciona assim: no feed de notícias que sugira suicídio, vá em “Denunciar a publicação” clicando na seta que aparece à direita do post, depois clique em “Acredito que não deveria estar no Facebook”. Na tela seguinte, é preciso escolher a opção “É ameaçador, violento ou suicida”.
Esse auxílio hoje é gerenciado pelo Facebook com apoio de mais de 70 organizações parceiras em todo o mundo, como Save.org, National Suicide Prevention Lifeline, Forefront e Crisis Text Line. No Brasil, o CVV (Centro de Valorização da Vida) realiza esse trabalho com o Facebook desde o ano passado.
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