[xdownload icon=”fa-pencil” text=”Vinícius Araújo” url=”https://updateordie.com/author/doleitor/” target=”0″]
Liberar o Tyler Durden que existe dentro de você não significa necessariamente que você vá pegar gordura animal, deixar o sebo endurecer, tirar uma camada de glicerina, adicionar ácido nítrico – gerando a nitroglicerina – e acrescentar nitrato de sódio e serragem para a criar a dinamite caseira. Pode ser algo muito mais simples do que imagina.
A questão é que basicamente todos nós possuímos um Tyler escondido em algum lugar. Pode ser algo mais raso ou mais profundo. Mas ele está lá. Chega a ser utópico pensar que na atual conjuntura da sociedade contemporânea, a propaganda e o mundo consumista não exerça efeitos em nós, ou que vivemos em um estado de espírito em que não exista um outro “eu” intrínseco que possui um outro estilo de vida do qual levamos na realidade.
“Somos uma geração sem peso na história, sem propósito ou lugar. Não tivemos uma guerra mundial, não temos uma grande depressão. Nossa guerra é espiritual, nossa depressão são nossas vidas”
A frase acima retirada do filme é pesada, mas extremamente reflexiva. A Terceira Guerra Mundial já está acontecendo – dentro de nossas cabeças. Liberar o Tyler não significa necessariamente que algo vá melhorar, até porque a realização de sonhos não depende somente da vontade e sim de condições para que isso ocorra sem que sua vida vire um caos.
Mas é do consenso de todos que em algum momento, ele precisa sair. É o momento da libertação, o momento que você necessariamente explode e acha um escape para a rotina diária de casa – trabalho – casa. As empresas estão cada vez mais preocupadas com seus funcionários, e as que possuem estrutura e investimento tentam de todas as maneiras criar um ambiente com o conceito de “workaholic disfarçado”. Você sabe do que estou falando… aquele trabalho que não parece trabalho, mas que no fim é mais trabalho do que o trabalho inicialmente proposto. O medo de qualquer executivo que comanda uma empresa é a saída do Tyler Durden de dentro de seus funcionários.
Mas ele sai. Uma hora sai.
O Tyler Durden é como um vulcão: as vezes ele fica inativo durante muito tempo, quase caindo no esquecimento dos outros. Mas ele acorda, e quando acorda amigo, hãm, sai de perto. Qual é o seu clube? Como é o seu Tyler? Qual o nome dele? Responda isso somente para você. E analise, com calma, como é o seu segundo João, Carlos, Pedro, Marcos… Coloque “Where Is My Mind” – Pixies para tocar, feche os olhos, e vá conversar com ele. A saída para um problema atual pode estar nesse papo de vocês.