O que vi em Logan

O que vi em Logan O que vi em Logan

É bastante clara a importância do primeiro X-Men, de Bryan Singer, para o boom de filmes sobre super-heróis (temos um longo calendário de lançamentos para os próximos anos). O Wolverine, de Hugh Jackman, esteve em todas as produções dos mutantes (inclusive mencionado e com certa “participação” em Deadpool).

Mas a incômoda verdade é que, para os leitores e apaixonados pelos quadrinhos, nunca tivemos aquele baixinho peludo mal encarado e nervosinho arrancando pedaços de seus inimigos de forma violenta com suas garras de adamantium. A dor do personagem, por várias vezes apareceu, mas não convenceu. A necessidade de suavizar tudo nem sempre foi bem-vinda. Perde-se na fidelidade, mas ganha em inegável carisma. O cara é bom.

Demorou, mas Hugh Jackman consegue enfim encontrar o Wolverine – hoje mainstream – que crescemos lendo e querendo ver nas telonas. A ironia é ser em seu filme mais humano. Que toca… o coração.

Logan é um filme sobre consequências e escolhas. É adulto e violento. Tem um estilão “road movie” dramático com boas pitadas de clássicos Western.

Envolto em um tom sombrio e decadente o objetivo pode ser entreter e divertir, mas te faz sair do cinema com sentimentos/pensamentos fortes sobre respeito, admiração, família, o tempo e a mortalidade. O que é um bom sinal.

Os belos trailers, imagens e campanhas acertaram.

Enfim autêntico como o personagem, que está cansado, debilitado e furioso, aprendemos que o medo de revelar quem realmente somos as vezes pode nos consumir e levar por caminhos dolorosos.

Jackman e Stewart apresentam suas melhores atuações com esses personagens e a entrega da jovem atriz Dafne Keen (Laura – X23) é uma gratíssima surpresa.

Arrancar lágrimas com um Wolverine é um desafio pretensioso e ousado, mas conseguiram. Fico por aqui, sem spoilers. Vá tranquilo e feliz ao cinema. É, acima de tudo, um bom filme. O que já é o suficiente.

Nos cinemas, dia 02 de março.

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