O livro do parafuso, disponível online, na íntegra. Vá folhear já.

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Esse livrão com parafusos é uma relíquia icônica entre os amantes do design. É o “Depero Futurista (1927)”, mas que ficou mais conhecido mesmo como “o livro dos parafusos”. Se você não conhece, me empresta 5 minutos do seu tempo.

Olha ele no museu:

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O livro do parafuso, disponível online, na íntegra. Vá folhear já.

Era um manifesto do movimento futurista, criado pelo italiano Fortunato Depero, que começou sua carreira em uma singela loja de mármores e acabou virando um dos artistas/designers mais famosos do mundo, com vários trabalhos em publicidade, além de ter criado aquela charmosíssima garrafinha de Campari que também é bastante conhecida.

O livro do parafuso, disponível online, na íntegra. Vá folhear já.

Os tais parafusos eram as únicas coisas que mantinham as páginas do livro presas. A intenção era que você abrisse tudo e promovesse uma mini-exibição no quintal da sua casa, na escola, no trabalho ou simplesmente trocasse a ordem das coisas.

Cada página traz uma pequena ousadia gráfica, como títulos estourados que se sobrepõem aos textos, letras flipadas, elementos tombadinhos, cores, coisas jogadas nos cantos, etc. E se você acha isso tudo absolutamente corriqueiro e normal em qualquer anúncio ou revista por aí é justamente a maior prova do valor do trabalho do Depero (na época era coisa de artista excêntrico, fascista, uma orgia tipográfica inédita que não era para ser consumida por meros mortais).

O Depero foi uma espécie de avô do David Carson, para citar apenas um. Na verdade não seria exagero dizer que influenciou todo designer que veio depois dele (você, talvez?), ampliou os limites das gerações que vieram na sequência. Claro que não o foi o único, havia um movimento por trás disso tudo, com muita gente experimentando coisas, mas alguns personagens acabam ganhando essa aura simbólica.

O livro do parafuso, disponível online, na íntegra. Vá folhear já.

O cara acabou criando também, por tabela, a primeira pasta da história, já que a ideia do Depero era espalhar seu manifesto ao máximo, entre artistas, estudantes e até clientes. Na época ele conseguiu produzir arduamente mil exemplares e apenas alguns ainda estão em circulação por aí, a maioria em coleções e museus.

A boa notícia é que o Livro dos Parafusos está sendo impresso novamente graças a um crowdfunding bem sucedido lá no Kickstarter que conseguiu arrecadar 250 mil dólares para o projeto.

E a segunda boa notícia é que todas as páginas do livro estão disponíveis online para você dar uma olhada.

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O livro do parafuso, disponível online, na íntegra. Vá folhear já.Claro que esse é o típico livro que tem muito mais valor na forma física, afinal é uma reprodução histórica e foi feito para ser manipulado. Mas, enquanto você não tem essa oportunidade de ter um exemplar em mãos, é muito legal ter a chance de explorá-lo virtualmente.

Olha o Depero no Photoshop da época:

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Vale uma passada rápida pela Wikipedia para conhecer um pouco mais da obra como um todo e também o contexto da época.

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