Resumindo, é um novo codec digital de altíssima eficiência para entrega de áudio digital, desenvolvido pelo Moving Picture Experts Group (MPEG, que junta a Fraunhofer, a Technicolor e a Quallcomm).
Novo mais ou menos. A primeira versão é de 2013, mas só agora os testes e entregas começaram de verdade. A Coréia do Sul já transmite alguns programas de TV no formato e em 2018 será padrão por lá.
E aqui vemos um vídeo de teste que a Fraunhofer desenvolveu na AES de 2015.
O MPEG-H pretende unificar todas as compressões de áudio para vídeo digital e streaming anteriores, além de entregar um pacote de referências e testes de conformidade para o áudio, imagem, transmissão e coding (chamado ATSC 3.0 System standards).
Interessante porquê, finalmente, a própria MPEG resolveu criar um padrão sólido e integrado de áudio.
Além disso, não é necessário nenhum novo equipamento. O MPEG-H funciona em qualquer equipamento de transmissão e gravação atual, é a finalização e transmissão que conta.
Fizeram testes, por exemplo, em uma transmissão de uma corrida de Nascar onde você podia selecionar o formato que queria ouvir (5.1, mono, stereo, etc) e também o que você queria ouvir. Até as conversas de rádio de um dos carros estavam disponíveis como add-on.
E pensando em Audio 3D, ou Immersive Sound, que é um dos principais focos do MPEG-H, é uma mão na roda para quem já produz.
A entrega pode ser em High Order Ambisonics, com até 64 canais simultâneos de áudio, mas que também se adapta para transmissão e execução em celulares, cinemas, mídias digitais, downloads, além de Mono, Stereo e Surround.
Mais legal ainda é que o formato é mais eficiente e requer menos banda do que os formatos usados atualmente.
Se hoje em dia temos que customizar e render o áudio para cada uma destas entregas separadamente, usar o MPEG-H será o que a gente precisa para otimizar a produção e ter a certeza de que o áudio será do jeito que saiu do estúdio.
Junta tudo isso com o Loudness, padrão já utilizado em transmissões para evitar fadiga auditiva e não ter comerciais mais altos que os programas, e teremos o futuro do áudio ao vivo.
Prá terminar e dar uma ponta de esperança de que o formato “vai pegar”:
-É desenvolvido pela MPEG, que atualmente dita o padrão de formatos em audio, video, etc (mp3 alguém?).
-O lance da Coréia do Sul já usar.
-A Quallcom Technologies já faz testes de broadcast para TV e mobiles usando o formato.
-Algumas DAWs que vi na AES-Berlin já tem o MPEG-H como codec de finalização e transmissão e todo mundo tá focado em fazer isso funcionar.
-Criaram a MPEG-H Audio Alliance. Um grupo de profissionais focados na coisa toda.
Vamos acompanhar…
Tudo de bom,
Billy.
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