Há 100 anos Weber escreveu o livro Política como uma vocação (do inglês, politics as a vocation), e ainda sim, seu conteúdo não poderia ser mais atual.
Para ele, o verdadeiro líder político (líder democrático), para quem a política é uma vocação, é caracterizado por três qualidades: paixão, sensação de responsabilidade e um senso de proporção (capacidade de julgar a relativa importância e seriedade das coisas). Assim uma ética de base e um senso interior de propósito. Essas combinadas com um julgamento sóbrio e um senso profundo de responsabilidade. Todas essas características juntas, são capazes de gerar políticos capazes de marcar a história. Tais lideres seriam extremamente carismáticos e comandariam a “máquina do partido” afim de mobilizar votos.
Do outro lado, haveriam os burocratas e parlamentares, esses agiriam por interesse próprio e viveriam de política. Não teriam senso de responsabilidade, portanto seriam capazes de culpar o mundo, a estupidez dos outros e até mesmo deus pelas consequências de suas ações. Sendo completamente opostos aos verdadeiros líderes.
Weber sabia que a democracia de massas sempre seria destinada a ser controlada pelas elites. Porém, os eleitores poderiam escolher entre o tipo responsável ou irresponsável. Tal como nem sempre é tudo preto ou branco, assim sendo necessário avaliar mais atentamente cada caso e tentar fazer a escolha certa com base nesse julgamento.
Este texto foi baseado no artigo do The Economist – Max Weber’s enduring wisdom.
Maior sociologo e pensador politico da Era Moderna.