Bitucas de cigarro descartadas, bolas de basquete vazias e redes do esporte que já não possuem mais uso são alguns dos materiais que Tyrrell Winston usa para fazer sua arte. O artista, que mora no descolado bairro do Brooklyn, em New York, transforma o lixo da cidade em verdadeiras esculturas.
Todos os itens que Winston usa foram encontrados ao longo de caminhadas pela cidade. E, apesar de remeter muito à NY, sua arte passa uma mensagem universal, evocando uma nostalgia romântica pelos objetos descartados. Além de, claro, forçar o espectador a avaliar sua relação com o lixo e questões como regeneração do mesmo e desperdício. E, por fim, tem ainda o aspecto social – afinal, enquanto coleta os instrumentos necessários para o seu trabalho artístico, Tyrrell está literalmente limpando as ruas.
Segundo o próprio artista, as impressões que as pessoas têm diante de seu trabalho variam bastante. Enquanto algumas ficam focadas na história por trás de cada lixo, pensando, por exemplo, quem fumou aquele cigarro que virou arte, outras acham simplesmente que é um trabalho “nojento”.
Em Paris, Tyrrell está em cartaz com uma exposição própria, batizada de “Line”. De acordo com ele, o nome faz referência ao que ele faz, que é sair andando em linhas, “ziguezagueando” pela cidade. “Line” permanece aberta ao público até 15 de março.
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