SXSW: In faith we trust – o poder da fé

SXSW: In faith we trust - o poder da fé SXSW: In faith we trust - o poder da fé
Nadia Bolz-Weber, Thursday, April 7, 2011, is a rising star in the emergent church, very hip culturally and socially progressive, yet still theologically traditional Lutheran. She's been invited to preach the Easter sermon at Red Rocks this Easter. RJ Sangosti, The Denver Post (Photo By RJ Sangosti/The Denver Post via Getty Images)

Dizem que a fé move montanhas mas, embora ainda não tenha sido constatada uma mudança topográfica por fatores sobrenaturais para comprovar o ditado no sentido literal,

temos provas concretas e diárias de que a crença molda, sim, o mundo — mas através da política.

É justamente o impacto que as religiões têm nos costumes e nas leis de uma determinada nação que o tema é esmiuçado no palco do SXSW entre os dias 11 e 12 de março.

Num primeiro momento, Blair Imani, fundadora da ONG “Equality for HER”, une forças à Bree Newsome, idealizadora da “Charlotte Uprising”, e Milana Vayntrub, criadora da “Can’t Do Nothing”, para discutir como suas crenças foram decisivas em suas missões de justiça social.

Depois, Dyllan McGee, da “MAKERS”, e Nadia Bolz-Weber, a diretora super tatuada da “House for All Sinners and Saints”, tomam o microfone para mostrar porque fé e feminismo têm mais em comum do que a primeira letra.

Também estão previstas rodas de discussão para combater a islamofobia, encontros para falar sobre documentários que trabalham a temática da fé, e ainda a pacificidade que pode (e deve) existir entre muçulmanos e judeus.

Esse investimento para analisar todos os lados do prisma da fé é uma antecipação e uma resposta às mudanças que vêm acontecendo nos EUA e no mundo: a globalização e maior tolerância religiosa permitem, por exemplo, que um cidadão americano se converta ao hinduísmo ou espiritismo, ao passo que um indiano pode optar por ser cristão também.

Toda essa flexibilidade nas crenças e nos costumes em território americano é reflexo — ou consequência — da declaração direta e pessoal de cada um: em 2016, 49,8% dos entrevistados se diziam cristãos; em 2017, essa população encolheu para 49,5%. Já a parcela de quem não se identifica com um grupo religioso foi de 20,8% em 2016 para 21,3% em 2017.

Lentamente, essa mudança populacional ocupa também os espaços democráticos, de forma que deputados, vereadores e senadores passam a exercer seus mandatos e muitas vezes ponderam suas crenças — daí a necessidade de se discutir tudo isso e entender os limites da religião.

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