Realizada há pouco, a Copa do Mundo da FIFA de Futebol Feminino ajudou a levar algumas mulheres admiráveis – dentro e fora dos campos – para os holofotes mundiais. Uma delas é Alex Morgan, co-capitã da seleção norte-americana. Além de jogar muito – foram cinco gols só na estreia da sua equipe na Copa, em uma partida na qual os EUA ganharam da Tailândia por impressionantes 13 a 0 – a craque ainda luta pelos seus direitos. É ela quem está à frente de uma ação judicial, junto de outras jogadoras, contra a federação do seu país, exigindo igualdade salarial.
No início do ano, especificamente em 8 de março, Dia da Mulher, Morgan e outros nomes da seleção apresentaram em um tribunal de Los Angeles uma demanda contra a federação do esporte do país por discriminação salarial. Se no Brasil a luta também existe – a Marta, por exemplo, entrou em campo na última Copa com uma chuteira da campanha “Go Equal”, que defende a igualdade de gênero no esporte – nos EUA a briga é ainda maior. Afinal, as jogadoras norte-americanas já ganharam três copas e detêm o recorde de audiência de jogo de futebol no país. Ainda assim, ganham no máximo 38% do que levam os homens.
Contexto dado, a novidade é que a atleta, que venceu sua segunda Copa do Mundo seguida, planeja entrar no segmento de mídia. A ideia de Morgan seria uma plataforma focada especialmente em storytelling, com produção de conteúdo feita por atletas de femininas para outras mulheres. Ainda segundo a jogadora, a novidade não contaria com parceria de nenhum grupo de mídia já conhecido.
E engana-se quem pensa que essa seria a primeira empreitada da atleta fora dos campos. No último ano, ela foi eleita pela prestigiada revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, já tendo escrito uma série de livros infantis sobre futebol, a “The Kicks”, e atuado em diversos trabalhos como atriz. No esporte, ela já conta com patrocínios de marcas como Nike, Coca-Cola, AT&T e Secret (marca gringa de desodorantes que faz parte do grupo P&G).
Credibilidade tem de sobra e esperamos que a plataforma venha logo.
Add a comment
