O Nature, International Journal of Science, é uma das principais publicações voltadas à ciência do mundo. Com frequência, divulga descobertas reveladoras sobre o universo. A mais recente delas comprova, por meio de um mapa 3D, que nossa galáxia é torta. É isso: normalmente ilustrada de com a forma de um disco plano e achatado, a Via Láctea, na verdade, tem uma série de deformações, especialmente nas bordas. Ou seja, nem isso é plano…
Quando olhamos na horizontal, dá pra ver bem essas espécies de “lombadas” que ela tem. A imagem é bem rica em detalhes, revelando a imagem da galáxia em alta resolução.
O objetivo da produção do mapa vai além de matar a curiosidade das pessoas, é claro. A ideia é que o levantamento sirva de base para que astrônomos conduzam estudos relacionados à evolução da Via Láctea, entendendo quais foram os acontecimentos responsáveis por fazer com que ela adquirisse esse formato e identificando ainda mais informações sobre grupos específicos de estrelas. O mapa, por exemplo, mostra que estrelas de idade similar estão agrupadas em arcos estreitos.
De forma bem resumida, o que esse mapa mostra são estrelas ultraluminosas chamadas “Cepheids”. Esse disco distorcido, em forma de espiral, é formado por elas. Ele foi obtido por meio de uma medição de distâncias diretas entre estrelas individuais – até agora, os melhores mapas da Via Láctea consideravam medidas indiretas, baseadas em observações de gás ou estrelas em uma determinada direção e estruturas vistas em outras galáxias. Essa medição de posições e distâncias de estrelas supergigantes conhecidas como “Cepheids” foi comandada por uma equipe da Universidade de Varsóvia, usando o telescópio Optical Gravitational Lensing Experiment, no Observatório Las Campanas, no Chile.