Os contornos épicos da vitória do Flamengo em Lima, para erguer a taça da Libertadores da América, completaram um roteiro cinematográfico – talvez nem o mais o sádico redator ousaria deixar a tensão até os 43 minutos do segundo tempo.
As histórias de torcedores que cruzaram a América do Sul de ônibus certamente vão inspirar uma série de livros, documentários e muito material audiovisual para quem gosta de acompanhar os bastidores. Pelos cálculos, em cinco dias, foram 6.000 km por 4 países, que renderam inúmeros relatos. Não faltaram dramas pessoal e causos engraçados.
Teve aquela do torcedor que perdeu o ingresso na porta do estádio. Teve a do outro que usou o cartão de crédito da sogra para pagar as despesas (sem ela saber, diga-se). Aquela do pai que estava na UTI, mas o filho foi mesmo assim – e o pai melhorou. Teve aquele outro que levou as cinzas da mãe do amigo. O que casou e convenceu a esposa a passar a lua-de-mel… no Peru. Até a convulsão social no Chile foi um adversário a ser driblado pela torcida.
O UOL Esporte enviou o repórter Diego Salgado. O GloboEsporte.com foi de Henrique Arcoverde. A ESPN escalou Rafael Valente para a tarefa, enqaunto O Globo teve os relatos de Marcello Neves. Até o Casseta Marcelo Madureira encarou o desafio. “De repente, num movimento espontâneo, os passageiros desceram dos ônibus e foram confraternizar, solidários, com os chilenos. O clima virou de celebração e cantoria. Inacreditável. Foi assim que conseguimos passar pelo último e pior bloqueio”, descreveu.
A plataforma Globo Play saiu na frente e já anunciou que lançará, em breve, o documentário “Até o Fim”. A previsão é que esteja disponível a partir do dia 29 de novembro, trazendo em cinco episódios cenas dos vestiários, das viagens e entrevistas com jogadores e torcedores.
Certamente já tem flamenguista ansioso para consumir tudo isso, reviver as emoções e guardar para mostrar para os netos. Mesmo que a festa ainda não tenha acabado.