Você conhece. É aquela pessoa que estava bem à sua frente na escada rolante, naquele shopping, ou na estação do metrô. A escada acabou, ela deu aquele passinho final e ao invés de sair andando, parou e ficou onde estava.
E você, que vinha logo atrás, opa-opa-opa, precisou improvisar um duplo twist carpado.
Por que isso acontece?
Distração, claro. Mas vamos explorar isso melhor, vai.
Tirando uma eventual zoação proposital, ninguém breca na escada pra complicar a vida da pessoa que vem atrás. O que acontece é que elas estão com a cabeça em outro lugar. E quando a escada acaba é como se o cérebro falasse: “ih, eu tava dando um tempinho aqui, mas acho que agora precisamos retomar a ação. Pra onde vamos chefe?”.
Durante os poucos segundos de uma viagem passiva pela escada, o cérebro percebe que suas tarefas diminuíram (andar, olhar, etc) e entra em piloto-automático. E de repente, precisa ligar de novo.
E é só nesse momento que pessoa retoma a atenção. Acontece também em elevadores, em sinais de trânsito, em filas, etc. Esse ato de ficar parado por alguns segundos é um convite para uma distração rápida. E claro, esse “reboot” varia de pessoa para pessoa, dependendo do quanto ela estava “desligada”.
Eu, como sou uma pessoa meio esquisita, adoro pedir um café perto de uma escada rolante só para ficar observando esse fenômeno. A travada contrasta com o movimento das outras pessoas na escada, dá até pra fazer apostas de quem vai travar. Experimente um dia, você vai se surpreender como essa situação é comum.
Tem o cara olhando para o celular que não percebe que tem que andar de novo.
Tem a pessoa cheia de sacolas que para e fica olhando para direita e para esquerda para tentar lembrar onde fica a próxima loja.
Tem a mãe/pai que resolve arrumar a gola da camisa do filho ali mesmo, sem se dar conta das outras 12 pessoas que vêm chegando em rota de colisão.
Enfim, aquele metro quadrado ao pé da escada rolante é um lugar bem interessante, ótimo ponto de observação do comportamento humano.
Aliás, esse fenômeno é tão interessante que já foi até batizado (em inglês) de “ESCA-STOPPING”. Aqui seria um “breca-escada”. Ou escada rolante mesmo, mas nesse caso incluindo as pessoas rolando umas por cima das outras.
O video é apresentado por Zack Willis, do Big Thick Ideas e explora também outros fenômenos comuns da convivência urbana de confinamento forçado como o “manspreading” e o “Shebagging”.
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Eu observei um fenômeno da física, interessante quando era criança e brincava na escada rolante da policlínica ambulatorial do INSS. Gostava de subir na escada de descida ou vice versa. Até que um dia percebi que a escada parava completamente enquanto eu subia, parecia que ela havia se desligado. De outra vez, a escada primeiro parou e depois começou a subir juntamente comigo!
Fiquei espantado com aquilo, pois não sabia que tinha a ver com a velocidade que eu empregava ao caminhar no sentido contrário ao movimento da escada rolante! Mas pra quem estava de fora da escada ou parado nela, o sentido era o de descida.
Apenas para mim que ia em movimento contrário, observava esse fenômeno inusitado!
São os mesmos que entram no metrô e empacam na porta. Ou na saída do vagão.
Tem um fenômeno incrível que acontece pelo menos aqui em São Paulo: marginal, velocidade normal, pista vazia, andando. Vem uma ponte. Vai passar embaixo. Atola o pé no freio para diminuir…. ???? A ponte não vai cair se passar na velocidade normal!
Excelente um dos melhores videos que ja vi!!! Sempre quis entender porque as pessoas fazem isso !!
Noossa, aconteceu comigo hoje. Na verdade sempre aconteceu.
Luiza Levy Nunes coisa que amamos
muito bom..
Já viu, Lia?
Fenômeno similar ao do carro que está na frente do seu, dentro do túnel e em velocidade normal, e quando o túnel acaba, pisa forte no freio. Por que? Por que?
Cléo, vou te marcar em todas os posts de escada rolante, pq sim
Achei que fosse uma analogia com a vida profissional, carreira, ou algo assim. (sem bem que, pode ser aplicável) rsrs.
tb tem aquela que fica ensaiando pra entrar. Provavelmente é a mesma que para no fim…
devem ser as mesmas pessoas que não podem ver uma parede ou coluna que se escoram…
Que tal, Eduardo? Tu que tá sempre nas escadas do trem.