Cuidado com títulos e cargos

Não minta no currículo e menos ainda durante a entrevista. Pode custar caro.
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A foto não tem muito a ver com o título, eu sei. Mas acho que talvez ela sirva para atrair mais olhares curiosos. Afinal, gatos são boas maneiras de clickbait, né?! Mas eu prometo que eu ainda vou chegar lá!

Enfim, gostaria de estrear este meu espaço de publicação de textos falando um pouco sobre o mercado de trabalho.

Se você está em um emprego ou buscando um (NÃO DESISTA, CONTINUE SE ATUALIZANDO E ESPERE QUE A SUA HORA CHEGA), sabe que a concorrência atualmente é cada vez mais dura. Com uma infinidade de cursos de graduação, outros trocentos de curta duração e mais umas milhares de pós (sem falar nos gratuitos básicos espalhados pela interwebz), todo e qualquer candidato tem um grande potencial de entrar naquela vaga que você procura.

E mais, com a internet, você consegue em poucos minutos aprender uma coisa totalmente nova e resolver um problema ao qual não está habituado ou tirar uma dúvida durante um processo de seleção.

Tudo isso gera uma forte concorrência. Então a entrevista vai ser um ponto crucial para mostrar seu verdadeiro potencial, se diferenciar dos demais e, finalmente, abocanhar a vaga e entrar para o time da empresa, naquele cargo maneiro. Show!

Mas, sério, presta atenção. Deixa eu contar uma coisa. Não minta no currículo e menos ainda durante a entrevista. E eu nem vou entrar na questão ética e moral do negócio, vou falar pelo bom senso mesmo.

Se você falar que consegue agir como gestor, agrega valor à equipe, motiva os funcionários, joga junto com o time e mais outras tantas características de um bom líder, vai precisar mostrar isso na prática.

Se não tiver nada disso, sua máscara vai cair rapidinho. E aí vai ser ruim para a imagem da empresa e, pior ainda, péssimo para a sua própria. Vai ficar queimado dentro da firma e vai sair pela porta de trás. E caso outros locais onde faça entrevista entrem em contato com seus ex-chefes, vai dar bão não, viu.

Você pode perder a oportunidade antes mesmo de tê-la. Vão apontar suas ‘farsas’, provavelmente dirão sobre como vendeu o peixe que não tinha e aí, moiô. Vai ter que refazer todo seu currículo e torcer para que os próximos recrutadores não liguem pro RH amigo.

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“Legal, mas não tô entendendo. Onde entra o título e a foto do texto na história?”

Aqui embaixo, olha.

Entrou na vaga de nome chique (a minha área, de comunicação, adora usar termos em inglês tipo ‘branded content’, ‘community’, ‘customer succes’ – e só quem está lá dentro sabe o que significa), colocou no LinkedIn, falou para os amigos, sucesso demais.

Mas e aí?

Além da autoanálise sobre a capacidade para exercer o cargo, ficar cantando de galo só vai funcionar com quem tem cabeça ruim, porque quem tem bom senso vai ver que isso aí é escape pra seus próprios problemas pessoais (quem me falou foi uma psicóloga, tá?).

E nem vou entrar no mérito de quem sobe de cargo por outros caminhos que não os de competência e aptidão, porque aí você conta com as famosas ‘costas quente’ e pode (finalmente explico a foto) ficar só bocejando e rodando a timeline do Facebook e Instagram o dia todo na firma.

Até porque quem não faz nada, não erra. E quem não erra, dobra as chances de ser promovido.

É isso.

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